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Capes reconhece empenho de pesquisadores do Museu Nacional

Para Sônia Báo, diretora de avaliação, corpo da UFRJ está dedicado a manter qualidade da pós-graduação


Diretora de avaliação da Capes comandou equipe que visitou UFRJ

 

Atualizada em 21/09/2018 às 18h37

Uma comitiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) visitou a Quinta da Boa Vista nesta terça-feira (18/9), com o objetivo de observar como os programas de pós-graduação do Museu Nacional (MN) foram impactados pelo incêndio do dia 2/9. Na ocasião, Sônia Nair Báo, diretora de avaliação da entidade, destacou o empenho de todo o corpo da UFRJ na tarefa da reconstrução: “Saio daqui muito aliviada com a solidariedade, a colaboração e o entrosamento que senti”.

A reunião, articulada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), consistiu em apresentar à Capes um primeiro diagnóstico das possibilidades e das demandas dos programas. Assim, docentes e discentes vinculados ao MN puderam falar sobre suas realidades. Embora cada área de conhecimento tenha sido afetada de forma singular, os coordenadores de pós-graduação destacaram dois pontos em comum no que diz respeito às necessidades: apoio financeiro para continuar as pesquisas e um olhar diferenciado no processo de avaliação da produtividade. 

“Será necessário ir a outras instituições, visitar outros acervos, refazer pesquisas de campo, mas isso vai de cada caso”, informou o professor titular Antônio Carlos de Souza Lima, coordenador nacional da área de Antropologia e Arqueologia junto à Capes. Ele destacou o esforço empreendido pelos coordenadores dos programas para reunir a maior quantidade possível de informações em menos de 20 dias e frisou a importância de olhar para o futuro. “A pesquisa continua, com toda a certeza. A instituição não é apenas o conjunto de coleções que foi perdido, o prédio ou os equipamentos que eram utilizados para trabalhar. A instituição são as pessoas”, defendeu.  

Encaminhamento

A diretora de avaliação da Capes se encarregou de levar o caso do MN a Brasília. “Vim escutar os programas. Agora vou retornar à Capes. Tenho algumas ideias de encaminhamento para o processo de avaliação, que vou discutir na semana que vem com o conselho técnico-científico”, pontuou. Uma de suas sugestões foi somar forças com outros órgãos de fomento. “A partir dos dados que me foram repassados, verei o que pode ser encaminhado. Teremos de avaliar a possibilidade de conversar com outras agências para recompor o que for possível em termos de materiais, laboratórios, infraestrutura e para os estudantes concluírem a fase experimental de suas teses e dissertações”, afirmou Sônia Báo.


Equipe do MN/UFRJ reafirmou compromisso com a pesquisa

Qualidade

O MN possui 6 cursos stricto sensu (Antropologia Social, Arqueologia, Botânica, Geociências, Zoologia e Linguística e Línguas Indígenas) e 3 lato sensu (Geologia do Quaternário, Gramática Gerativa e Estudos de Cognição e Línguas Indígenas Brasileiras). De acordo com a Capes, entre 2013 e 2016, foram formados pelo Museu 161 doutores e 214 mestres. No mesmo período, os trabalhos dos pesquisadores renderam mais de 9 mil publicações em revistas científicas. Com base na última avaliação, os programas obtiveram notas que variam entre 7 (excelente) e 3 (recém-criado).

 

Fotos: Raphael Pizzino – Coordcom/UFRJ