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Acessibilidade é tema vencedor do Prêmio Ações Afirmativas

União entre pesquisa e prática foi determinante na escolha

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) e o Parque Tecnológico da UFRJ realizaram, no dia 12/6, a entrega do Prêmio Ações Afirmativas aos cinco melhores trabalhos desenvolvidos nos programas de pós-graduação da Universidade, que tratam de questões relacionadas à visão inclusiva de sociedade, à interface com a temática dos direitos humanos e ao papel do ensino universitário neste debate.

Na abertura do evento, a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa, Leila Rodrigues, confirmou que estão previstas novas edições do Prêmio e ressaltou a importância de pensar políticas de ações afirmativas no âmbito da pós-graduação, na qual ainda há muita resistência. A presidente da comissão julgadora, Mônica Lima, elogiou a qualidade dos 23 trabalhos inscritos. “Ler todos os trabalhos nos abriu os olhos para o quanto, apesar da conjuntura desfavorável, produzimos e resistimos de forma ativa”, afirmou Lima.

Intitulado “Admirável Mundo Novo: a ciência e o surdo”, o trabalho da professora Júlia Barral Dodd Rumjanek, do Instituto de Bioquímica Médica, ajudou a criar glossários de termos científicos para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). A equipe da pesquisadora envolve biólogos, intérpretes e surdos e tem realizado parcerias com institutos internacionais para criar novos glossários e internacionalizar alguns termos.

A professora Mônica Lima afirmou que é preciso “pensar a responsabilidade e o compromisso que temos, como um todo, como humanidade, para com grupos historicamente excluídos. Pensar que o outro somos nós, dependendo de onde estamos”. Ela citou o termo (e filosofia ética) zulu Ubuntu para descrever o sentimento que permeou toda iniciativa do prêmio Ações Afirmativas: “Eu sou porque nós somos”.