O fóssil de um dos primeiros pterossauros encontrados no Brasil será exposto ao público, pela primeira vez, a partir de 14/4, no Museu Nacional (MN) da UFRJ. A espécie recebeu o nome de Cearadactylus atrox porque o crânio do animal foi encontrado na Bacia do Araripe, no Ceará, em 1985.
A descoberta dessa espécie contribuiu para um melhor conhecimento da diversidade de pterossauros da região. O futuro diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, destaca que a peça é um dos primeiros crânios de pterossausos mais completos encontrados no mundo. “Na América do Sul, até pouco tempo, era o principal exemplar em termos de preservação, o que contribuiu muito para entendermos como eram esses répteis voadores gigantes, porque até então o que conhecíamos deles era através de materiais fragmentados”, explicou.
A peça foi doada ao Museu Nacional pela esposa de Guido Borgomanero (1921-2005), ex-cônsul da Itália, apaixonado pela Paleontologia. A família será homenageada na cerimônia de apresentação do fóssil original, que acontecerá no dia 13/4, durante a posse do novo diretor do Museu Nacional, o paleontólogo Alexander Kellner. A peça poderá ser visitada juntamente com o fóssil da mandíbula, a réplica da cabeça do animal em vida e a réplica, em resina, do fóssil do animal.