Nota do reitor sobre conteúdo publicado nesta segunda-feira (19/3)
A defesa do estado democrático de direito e dos direitos fundamentais somente revitaliza a preocupação com a segurança da UFRJ e cada um de seus sujeitos, professores, técnicos e estudantes. É de todo inadmissível que um servidor ou um estudante viva momentos de indescritível terror.
A UFRJ tem instado a Secretaria de Segurança, reiteradamente, a aumentar o efetivo na segurança da Cidade Universitária, área correspondente a Ipanema e Leblon juntos. A Universidade tem investido em monitoramento da área, mas o número de policiais que atuam no campus foi reduzido à metade desde 2016 e eles operam de forma assistemática. Como alternativa para melhorar a segurança no campus, a UFRJ fará adesão ao Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), com apoio das empresas localizadas no Fundão. Apresentei essa demanda ao ministro da Justiça e a Petrobras se dispôs a ancorar o contrato.
O manifesto contra a intervenção federal e militar assinado por mais de 3 mil pessoas, entre elas, respeitados pesquisadores da área de direitos humanos e segurança pública, tem o objetivo de chamar atenção para o fato de que a medida não configura uma solução real para os problemas estruturais de segurança pública do Rio de Janeiro e que não pode haver incompatibilidade entre a defesa dos direitos humanos e as políticas de segurança.
Roberto Leher
Reitor da UFRJ