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UFRJ abre novos laboratórios no hospital universitário

Reitor inaugurou cinco laboratórios didáticos de fisioterapia nesta terça (19/12)


Roberto Leher (segundo à esquerda) e Denise Nascimento visitam as instalações

 

O reitor da UFRJ, Roberto Leher, inaugurou nesta terça (19/12) cinco laboratórios didáticos do curso de Fisioterapia, no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). Eles ficarão distribuídos em três salas do segundo andar, garantindo a formação técnica de 400 estudantes do curso.

A inauguração dos laboratórios promove uma mudança radical na Medicina da UFRJ, pois desde 2010, com a implosão de uma das alas do hospital, o curso não tinha instalações para a formação técnica dos estudantes. 

“É uma conquista de imensa significação para o futuro da UFRJ, do Hospital Clementino Fraga Filho e da área de saúde da universidade”, avaliou o reitor. “Temos agora a fisioterapia de forma material no cotidiano do hospital e isso vai fazer muita diferença”, comemorou. 

Para Roberto Medronho, diretor da Faculdade de Medicina, “um momento histórico” para o curso. A vice-reitora, Denise Nascimento, que vinha trabalhando junto ao hospital e ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) pela abertura das instalações, destacou “a importância pedagógica” dos laboratórios e afirmou que o centro vive uma grande união. 

A inauguração foi celebrada por diversos membros da comunidade acadêmica envolvidos com o projeto.

 

Formação técnica retorna para o hospital

De acordo com a professora Sara Menezes, que assumiu esta semana a chefia do Serviço de Fisioterapia do HUCFF, a etapa de formação pré-clínica voltará para o hospital, envolvendo 22 docentes. Hoje, essa parte da graduação só acontece quando os estudantes vão para um estágio e lá são orientados por preceptores. 

“A importância desses laboratórios não está somente no uso dos equipamentos, mas sim na restituição da dignidade do curso, porque durante sete anos os alunos faziam aulas práticas deitados no chão, em cima de cangas ou toalhas que eles traziam de casa”, ela conta. Desde 2016, as aulas práticas vinham acontecendo no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e, anteriormente, em salas do HUCFF. 

Instalações

Os laboratórios didáticos envolvem cinco áreas: agentes biofísicos, cinesioterapia, fisioterapia respiratória, fisioterapia e terapia intensiva, e fisioterapia cardiovascular. Obra e aquisição de materiais foram pagos pela Reitoria, pela decania do CCS e também com recursos da Faperj. Todos os equipamentos são novos e servirão para práticas como eletroterapia com laser, ultrassom e outros tratamentos.

Melhoria no atendimento à população

Apesar de as instalações serem voltadas para aulas, Sara Menezes explica que melhorias no atendimento à população estão nos planos do hospital. “Nos momentos em que os alunos não estiverem fazendo uso, poderemos utilizar para atender a comunidade”, antecipa. 

Ela afirma que ainda é necessário planejar essa outra tarefa, mas vê com bons olhos a possibilidade de ampliar o atendimento. Estudantes e docentes se somariam aos sete profissionais que atuam na fisioterapia do hospital.


Sara Menezes, chefe do Serviço de Fisioterapia do hospital universitário

 

Sete anos de implosão

A inauguração de áreas estratégicas para a Fisioterapia, coincidentemente, aconteceu no aniversário de implosão da chamada perna seca do HUCFF. No dia 19 de dezembro de 2010, o hospital passava pela drástica medida. 

Maria Fernanda Quintela, decana do CCS, disse que na época estava coordenando uma comissão que planejava a ocupação da área não utilizada do hospital. Com a decisão pela implosão, teve de lidar com as questões que vieram, entre elas, a falta de espaço para o curso. A professora comemorou a retomada das atividades.

Muitos destacaram que as medidas vão propiciar a integração entre técnicos, docentes e estudantes. Na opinião do médico Leôncio Feitosa, diretor do HUCFF, “uma nova era”. “Consolidação do corpo docente, além da estrutura física”, destacou a vice-reitora.

Leonardo Bussinger, representante do Centro Acadêmico, elogiou o empenho dos colegas na cobrança de melhorias. “É muito confortante ver que um objetivo bacana, de pessoas boas, consegue ser alcançado”, comentou, sobre os diversos envolvidos.

“Estamos aqui celebrando um território específico, um lugar de pertencimento”, disse o reitor. Segundo Leher, a agenda da Fisioterapia sempre esteve, “de forma sistemática”, na Reitoria, desde que assumiu a gestão da universidade. 

fotos: Jean Souza