Cerca de trinta organizações do movimento sindical e estudantil nacionais e do Rio participaram nesta quinta-feira (19/10) de um ato na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em defesa da educação pública.
O evento S.O.S. Educação Pública! chamou atenção para a situação em que se encontram as universidades do estado e para o cenário de crise nas instituições de educação e científicas do país.
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, participou do ato, representando também a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Leher destacou o impacto que a aprovação da Emenda Constitucional 95, que limita gastos públicos nos próximos 20 anos, provocará sobre a educação pública do país. Em entrevista à imprensa, o reitor afirmou que a medida deixa em dúvida se em cinco ou sete anos haverá orçamento para manter as universidades.
“Os cortes colocam em ameaça o fundamento da universidade pública, o ensino, pesquisa e extensão”, disse Eblin Farage, presidente do Andes, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Ela convocou a mobilização para uma greve geral e afirmou ser “fundamental que o segundo semestre mantenha as mobilizações”.
“Somente estando juntos é que poderemos alterar a correlação de forças no nosso país. Precisamos fazer isso de maneira mais rápida. É fundamental animar o movimento estudantil, ampliar para todos os sindicatos as nossas lutas e não aguardar a chegada de um messias em 2018. Precisamos, desde já, construir um projeto alternativo de nação”, disse o reitor.
O evento marcou o lançamento da Frente Nacional em Defesa das Instituições Públicas do Ensino Superior, composta por entidades como o Andes, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação da Universidades Brasileiras (Fasubra) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Com informações da Agência Brasil