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Hackathon UFRJ propõe soluções para problemas da universidade

Evento reuniu alunos para pensar o dia a dia universitário


Foto: Raphael Pizzino | CoordCOM/UFRJ

Durante mais de 48 horas, estudantes da UFRJ se debruçaram sobre problemas da Universidade a fim de propor, por meio do desenvolvimento de ferramentas, novas soluções. Esse é o espírito do Hackathon UFRJ, maratona de programação em que os participantes produzem serviços capazes de auxiliar no dia a dia universitário. O evento, promovido pelo curso de Engenharia Eletrônica e de Computação,  aconteceu no Centro de Tecnologia (CT) entre os dias 29/8 e 31/8.

A segunda edição do evento contou com a apresentação de sete projetos que abordavam diferentes temas como, por exemplo, comunicação, segurança e transporte. Segundo Vitor Costa, estudante de Engenharia Eletrônica e da Computação e um dos organizadores, o Hackathon pretende ser um espaço que dê voz e participação à comunidade acadêmica. “Não podemos apenas esperar que as soluções venham de autoridades ou caiam do céu. Se nós vivenciamos os problemas, também podemos ajudar a solucioná-los”, afirma.

Com a premissa em mente, os 20 estudantes presentes puderam se reunir em grupos ou criar projetos individuais que atendessem tanto as demandas apresentadas pela Universidade quanto as que eles mesmos identificaram. No primeiro dia de evento, foram promovidas palestras com membros do Complexo Hospitalar, da Superintendência de Políticas Estudantis (Superest) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFRJ), que explicaram algumas das dificuldades já monitoradas.

A partir daí, os alunos tiveram 48 horas seguidas para discutir os projetos e desenvolvê-los. A organização ofereceu espaço e infraestrutura para que os participantes pudessem produzir, dormir e se alimentar durante esse período. No último dia, os projetos foram apresentados para um júri formado por membros da Universidade e profissionais de tecnologia.

Entre os três projetos ganhadores estavam aplicativos como o “Projeto Hermes”, que ficou em primeiro lugar e propunha maior integração entre as unidades, aprimorando a comunicação e a divulgação de eventos; o aplicativo “Se liga aê”, segundo colocado, que trazia uma sistematização das vagas de cursos, oportunidades, eventos e distribuição de certificados; e, em terceiro lugar, o “Juice”, aplicativo que permite acompanhar a vida acadêmica de maneira mais intuitiva por meio de gráficos das disciplinas já cursadas e outras funcionalidades. Os projetos serão discutidos pela Universidade e poderão ser postos em prática.

Para João Pedro Wieland, membro do grupo vencedor, a experiência foi ótima. Os participantes do grupo, alunos de Engenharia Eletrônica e da Computação, Ciência da Computação e História, conheceram-se no próprio evento e precisaram se entrosar para criar o produto a partir do zero. Diogo Amorim, outro membro da equipe, enfatizou que o projeto que desenvolveram busca diminuir as distâncias entre as unidades, permitindo que os alunos de toda a UFRJ interajam mais. “O Projeto Hermes quer pensar na Universidade como um todo, para que o estudante não passe a vida sem sair do CT, por exemplo, mas que possa explorar outras áreas”, explica, ressaltando que o Hackathon é uma dessas experiências de integração tão importantes.

Um balanço da segunda edição

Marina Torres, estudante de Engenharia Eletrônica e da Computação e uma das organizadoras, comemorou a realização do evento, que contou com uma estrutura ainda maior do que a anterior e um saldo bastante positivo, mas ressaltou que a edição deste ano teve um número menor de participantes. “Ano passado tivemos 15 projetos apresentados, além de uma quantidade maior de alunos e de unidades envolvidas.”

Para ela, a maioria das pessoas ainda não se familiarizou com os termos Hackathon e hacker, que por muitas vezes suscitam uma ideia equivocada de que se trata de um universo exclusivamente tecnológico ou, ainda, envolvido em atividades ilegais. “Com a realização desses eventos, queremos mostrar que o Hackathon é um espaço democrático e precisa de todos para pensar mudanças sociais. O hacker é aquele que trabalha para promover algum tipo de mudança.