Seguindo com a proposta de divulgar periodicamente a situação orçamentária da Universidade, a Reitoria atualizou o cenário da instituição, após repasses feitos nos dias 28/4 e 15/5 pelo Ministério da Educação.
Levantamento da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (PR-3) identificou que, de janeiro a maio, apenas 60% dos recursos previstos para custeio foram repassados à UFRJ. Esse orçamento é utilizado para despesas básicas do dia a dia, como bolsas, energia, limpeza e segurança.
Para investimentos, o cenário é mais crítico: apenas 20% do previsto foram repassados. Essa redução tem impacto direto em obras, por impossibilitar a contratação de novas etapas ou a finalização de projetos em andamento, além da aquisição de equipamentos.
Bolsas estão em dia
Com os recursos recebidos em 28/4, a Reitoria executou o pagamento de todas as bolsas de assistência estudantil. As acadêmicas foram pagas após o repasse do dia 15/5. Ao todo, cerca de 5 mil estudantes recebem bolsas mensalmente.
De acordo com Roberto Gambine, pró-reitor da área, os recursos em caixa já garantem que todas as bolsas referentes a junho (de assistência e acadêmicas) serão pagas no início de julho. Também permitem o pagamento de contratos e serviços.
Nova meta é economizar energia elétrica
Devido a cortes e contingenciamentos sucessivos nos últimos três anos, a UFRJ acumula um déficit de aproximadamente R$ 115 milhões.
Após reduzir os serviços terceirizados, a Universidade tem se dedicado a revisar contratos de permissionários (aluguéis) e, mais recentemente, a uma tarefa ousada: reduzir em até 25%, dentro de um ano, as despesas com energia elétrica. Devido ao aumento de tarifa, de 2014 para 2016 a conta da UFRJ dobrou, mesmo sem aumento no consumo.
A campanha “Essa Conta é de Todos” já pode ser vista pelos campi da Universidade, pedindo que a comunidade colabore com atitudes simples, como não deixar salas com luzes, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado ligados.
Paralelamente, a Administração Central tem se reunido e mobilizado administradores de unidades, informando que uma mudança de cultura é necessária. A alteração de horário de funcionamento de diversos laboratórios poderia reduzir drasticamente a conta da Universidade, visto que boa parte dos procedimentos é realizada após as 18 horas, quando a tarifa é mais cara.
A economia poderia financiar projetos, como um restaurante na Praia Vermelha ou a construção de uma nova residência estudantil.
foto: Diogo Vasconcellos – CoordCOM/UFRJ (19/4/2017)