O Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM/UFRJ) lança no mês de maio o site Ser Cientista, parte de uma iniciativa desenvolvida desde a década de 1980. O projeto promove eventos no ensino básico, capacitando professores e mostrando que todos, inclusive as crianças, podem fazer ciência.
Embora o Brasil ocupe o 13º lugar nos principais rankings de produção científica, a performance das escolas nessa disciplina ainda é bastante baixa. Segundo dados do PISA 2015, o país ocupa a 63ª posição dentre as 70 possíveis na produção feita por estudantes na área. Segundo Andrea da Poian, professora do IBqM e uma das idealizadoras, o conhecimento não está sendo transferido para a educação básica. “Essa iniciativa integra alunos e professores na promoção do conhecimento científico, vivenciando sua metodologia.”
Nesse cenário, desde 1985 o Instituto de Bioquímica promove a alunos e professores cursos experimentais investigativos, a fim de permitir a compreensão do processo científico como um todo. O projeto já levou suas atividades a áreas isoladas e com pouca infraestrutura, como as comunidades paraenses de Alter do Chão e Urucureá, para atividades com crianças de 4 a 10 anos. Para as organizadoras, não são necessários muitos recursos para promover o pensamento científico, apenas a vontade de aprender. “A ciência nasce das perguntas e da busca por conhecimento”, enfatiza Luisa Ketzer, professora do polo Xerém da UFRJ.
O site surge para ampliar o projeto e estimular a divulgação científica, com vídeos, depoimentos e um espaço para debates. “Precisamos acabar com a ideia de que a ciência é um enigma inalcançável. E isso acontecerá por meio do estímulo ao pensamento e à metodologia científica”, conclui Ketzer.
Saiba mais sobre o projeto no site www.sercientista.com.br