O Parque Tecnológico da UFRJ lançou na última quarta-feira (12/4) seu planejamento estratégico para os próximos 30 anos. O documento é resultado de um trabalho de oito meses que buscou pensar o futuro da instituição, levando em consideração os rumos da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, a relação com a Universidade e a contribuição ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Como resultado, uma série de novos desafios e transformações, entre elas a definição de uma nova missão, visão de futuro e posicionamento.
“Fortalecer a capacidade de inovação do ecossistema para a criação de riqueza e bem-estar da sociedade, em um ambiente de conexões de iniciativas empreendedoras e geração de conhecimento”, é a nova missão do Parque. A Visão para 2045 é ser “um ambiente dinâmico, diverso e que gera inovações relevantes para o desenvolvimento econômico e socioambiental”. O trabalho do Parque para implementação da nova estratégia será baseado nos valores comprometimento com a inovação, colaboração e atitude empreendedora.
“Durante o processo de elaboração deste trabalho, alguns eixos de atuação apareceram como fundamentais para esses próximos anos do Parque. Um deles é o que chamamos de humanização do Parque,ou seja, é essencial criarmos um ambiente em que as pessoas sintam vontade de estar permanentemente trabalhando e desenvolvendo novas atividades. Outro eixo estratégico é o que classificamos como transbordamento do Parque, ou seja, as ações do Parque e as conexões criadas são muito mais importantes do que as limitações geográficas. As atividades do Parque não cabem mais neste pequeno pedaço da Ilha da Cidade Universitária e estamos eliminando as restrições geográficas das ações do Parque Tecnológico da UFRJ. Entendemos por transbordamento a capacidade de interagir com empreendimentos, pessoas e instituições que se estendem por todo o Globo. E, quando falo o Globo, não falo de uma maneira ambiciosa. É justamente porque não existe inovação apenas com caráter local, por isso estamos focando na construção de relacionamento com outros ambientes de inovação, no Brasil e fora daqui. Assinamos em 2016, por exemplo, um convênio muito importante com o Parque Tecnológico da China para troca de experiências. Pretendemos que, ao final de 2017, sejamos capazes de relatar muitas outras alianças estratégicas”, detalha José Carlos Pinto, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ.
O novo planejamento estratégico foi apresentado no evento pelo diretor do Parque, José Carlos Pinto, e foi seguido de um debate sobre o papel da inovação no desenvolvimento do Brasil. Mediada pelo reitor da UFRJ, professor Roberto Leher também presidente do Conselho Diretor do Parque –, a discussão contou com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, o deputado federal Otávio Leite, a secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, Clarissa Garotinho, o diretor de Inovação da Finep, Márcio Girão, e a representante das empresas residentes do Parque e gerente jurídica da Technip FMC, Evellyn Montellano. O evento contou com a presença de mais de 100 pessoas, entre representantes da comunidade acadêmica da UFRJ, empresas e laboratórios do Parque, além de outras instituições do ecossistema de empreendedorismo e inovação do Rio de Janeiro.
O conteúdo completo do planejamento está disponível no site www.parque.ufrj.br