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Reitoria apresenta reivindicações à Secretaria de Segurança do Rio

UFRJ cobrou resultado em investigações e apresentou proposta para trabalho integrado com as polícias do Rio

A Reitoria e a Prefeitura da UFRJ reuniram-se na segunda-feira, 27/3, com o subsecretário de Segurança do Rio, Roberto Alzir Dias Chaves, e comandos da Policia Militar e Civil, no gabinete da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg). O encontro teve objetivo de reafirmar a necessidade de policiamento mais ostensivo no campus da Ilha do Fundão e também planejar ações conjuntas com os setores de segurança da UFRJ. Pela Universidade, também participaram a vice-reitora, Denise Nascimento, e o prefeito da UFRJ, Paulo Mario Ripper.

O reitor, Roberto Leher, apresentou três pautas: segurança nas regiões onde estão unidades da UFRJ, sobretudo na Cidade Universitária; o andamento do processo de investigação pela Divisão de Homicídios do assassinato do estudante Diego Vieira Machado, em julho de 2016; e o recente atentado contra o prédio onde funcionam o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) e o Instituto de História (IH), no dia 15 deste mês.

Também participaram do encontro o coronel Wolney Dias, comandante-geral da Polícia Militar do Rio; o tenente-coronel Segala, do Estado Maior Geral da PM; Alexandre de Souza, superintendente de Planejamento Operacional da Seseg; Carlos Leba, chefe da Polícia Civil do Estado do Rio; Paulo Guimarães, da 1ª Divisão de Polícia Administrativa (DPA); e Rodrigo Alves, subsecretário de Comando e Controle da Seseg.

Conselho de Segurança da UFRJ 

A Prefeitura da UFRJ vem trabalhando junto às empresas instaladas no campus do Fundão na estruturação do Conselho de Segurança da Cidade Universitária (CS Ciduni), visando, entre outras medidas de controle da criminalidade, trabalhar de forma mais integrada com o 17º BPM e a 37ª DP, a fim de melhorar o policiamento. 

Nas próximas semanas, haverá uma reunião na Cidade Universitária com a participação desses comandos, tendo em vista a necessidade do aumento do efetivo no apoio de segurança, bem como uma maior agilidade no atendimento de ocorrências, entre outras ações. Apesar de os índices de violência na Cidade Universitária serem inferiores a outras regiões do Rio, casos recentes têm assustado estudantes, trabalhadores e população atendida por serviços no local.

Caso Diego

As investigações sobre o assassinato de Diego Vieira Machado, estudante da UFRJ, ainda não foram concluídas. Ele foi morto em julho do ano passado. Carlos Leba assumiu o compromisso de adiantar as investigações e apresentar os resultados à Administração Central da UFRJ.

Bombas no Ifcs/IH

No dia 15/3, após manifestação nas ruas do Centro contra a Reforma da Previdência, o prédio do Ifcs/IH foi atingido por sete bombas de efeito moral e duas de gás lacrimogêneo. O caso ocorreu às 20h, enquanto estudantes faziam refeições. Imagens das câmeras de segurança mostram que soldados da PM lançaram os objetos contra a entrada do prédio, sem nenhum motivo. Diversas instituições do país manifestaram repúdio à ação.

A Seseg informou que está apurando o fato e colhendo depoimentos. O caso está sendo investigado na 1ª Delegacia de Polícia (Praça Mauá).

Comunidade universitária pode colaborar

Um ponto discutido na reunião foi a mancha criminal no mapa do Rio de Janeiro. De acordo com a Seseg, os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do estado não refletem a real situação da UFRJ, pois muitas vítimas deixam de fazer o registro formal das ocorrências.

O prefeito da Universidade, Paulo Mario Ripper, informou que a Prefeitura da UFRJ vai realizar uma campanha com a comunidade, estimulando o registro formal tanto às autoridades quanto à Divisão de Segurança (Diseg) da UFRJ. Segundo ele, um protocolo simples com orientações será elaborado, lembrando a todos a importância do registro para mapeamento qualificado das diferentes ocorrências.

WhatsApp é um dos canais para comunicação de ocorrências

Em dezembro passado, a Prefeitura da UFRJ lançou o número de WhatsApp (21) 99413-3388, para que todos possam comunicar ocorrências, pedir orientações e fazer denúncias. O canal funciona 24 horas por dia.

Na Cidade Universitária, uma central monitora as principais vias, pontos de ônibus e acessos, por meio de câmeras de altíssima definição. Segundo Paulo Mario, os índices reduzidos de criminalidade na UFRJ se devem, em grande parte, por essa ação de monitoramento. Até o final deste semestre, a Prefeitura da Universidade prevê instalar novas câmeras em cada entrada do campus. O objetivo é registrar todos os acessos, em especial as placas dos veículos que trafegam pela Ilha do Fundão.