O reitor da UFRJ, Roberto Leher, recebeu na segunda-feira, 6/2, a presidente recém-eleita da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, em uma reunião destinada a fortalecer a cooperação entre as duas instituições. Essa foi a primeira reunião de Nísia ― nomeada no início de janeiro ― com a Reitoria da Universidade.
Acompanhada de Valcler Rangel Fernandes, chefe de gabinete, e Manoel Barral Netto, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Nísia Lima foi recebida também pela vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, pela pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Leila Rodrigues, e pelo diretor do Parque Tecnológico, José Carlos Pinto.
Planos para a pós-graduação
“Entendemos que temos condições de avançar em disciplinas comuns na pós-graduação de determinados cursos e realizar cotutela. Chegamos a discutir e abrir a agenda de uma diplomação em alguns cursos, simultaneamente, pela UFRJ e pela Fiocruz”, disse Leher após o encontro.
De acordo com Nísia, o ponto principal da reunião foi “pensar a importância da Fiocruz e da UFRJ no cenário da Ciência, Tecnologia e Educação em nível nacional”, também considerando a cidade e o estado do Rio. Segundo a presidente, é possível que as duas instituições desenvolvam disciplinas compartilhadas e programas conjuntos de pós-graduação. “Vim também avançar em agendas de cooperação que já são muito antigas, mas que nesse momento podem ser reforçadas e ampliadas”, destacou.
Para consolidar as ações, as instituições já planejam a criação de grupos de trabalho.
Centro de Referência no campus
Em outubro do ano passado, UFRJ e Fiocruz assinaram um acordo para a instalação, no Parque Tecnológico da Universidade, do Centro de Referência Nacional em Farmoquímica do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Nísia informou que em março a Fiocruz realizará uma oficina “para maior detalhamento das ações, com vistas a consolidar” o projeto.
“Isso vai ser feito principalmente com nosso grupo da Farmanguinhos, unidade de produção de fármacos da Fiocruz, mas sempre pensando essa associação da produção com o desenvolvimento tecnológico e a pesquisa”, disse.
O projeto, segundo Leher, poderá contribuir para “fortalecer o Sistema Único de Saúde” e investigar o tratamento de doenças negligenciadas pela indústria farmacêutica.
Intervenção em grandes temas
Para o reitor da UFRJ, é importante que as duas instituições troquem experiências e façam avaliações sobre as políticas para ciência e tecnologia em vigor no Brasil, e discutam grandes questões de interesse nacional, como o marco legal para a área, sancionado em 2016.
A Universidade e a Fiocruz têm se destacado nas pesquisas sobre o Zika vírus, mas Leher afirmou que a atuação em políticas sociais e econômicas nas comunidades próximas também pode ser aprimorada. São projetos sociais envolvendo mulheres da Maré, assistência jurídica e de saúde para as populações locais, entre outros já em andamento.
Em tom de visita para reforçar parcerias históricas, Nísia agradeceu o apoio da UFRJ durante o recente processo eleitoral: “Foi um processo bem-sucedido, no sentido de manter a integridade institucional e ter uma boa finalização, com a minha nomeação”.