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UFRJ apresenta demandas ao secretário de Segurança do Rio

Em reunião nesta segunda, 28/11, Reitor da UFRJ entregou ofício com reivindicações ao secretário Roberto Sá, que assumiu a pasta em outubro

O Reitor da UFRJ, Roberto Leher, e o prefeito da Universidade, Paulo Mario Ripper, reuniram-se na tarde desta segunda-feira, 28/11, com o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá. Eles entregaram ao Secretário um ofício, solicitando atenção para os assaltos nas linhas de ônibus que passam pela Cidade Universitária e reforço em unidades da UFRJ no Centro, São Cristóvão e Zonal Sul.

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A reunião aconteceu na sede da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), no prédio da Central do Brasil. Participaram o comandante-geral da PMERJ, Coronel Wolney Dias, e a responsável pelo 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), Coronel Claudia Lovain.

Policiamento especial para linhas de ônibus

A comunidade universitária tem relatado inúmeros casos de assaltos em ônibus, principalmente nas linhas 485 (Siqueira Campos – Cidade Universitária), 913/616 (Del Castilho – Cidade Universitária) e 761D (Charitas – Galeão). Um monitoramento feito pela Administração Central da UFRJ identificou 24 relatos só em novembro, envolvendo estas e outras linhas que passam pela Ilha do Fundão.

“O secretário entrou em contato direto com as equipes da polícia que cuidam dos ônibus e elas incluíram como prioritárias todas as linhas que destacamos”, disse o reitor. “Isso vai significar o aumento do policiamento, inclusive com polícia reservada (P2) no interior dos ônibus”, completou.

“Convoquei para a reunião o comandante-geral e ele ouviu diretamente os anseios e alguns questionamentos sobre possibilidades de melhorarmos a presença da Polícia Militar, principalmente, que é a mais ostensiva no campus e em algumas unidades descentralizadas”, disse Roberto Sá. “É importante dizer para todo o Rio de Janeiro que a UFRJ é um patrimônio nacional, é um orgulho para o Rio de Janeiro tê-la aqui, muito próxima de todos nós”, afirmou o secretário.


foto: Philippe Lima de Araujo / SESEG

Saídas dos prédios terão viaturas

De acordo com Paulo Mario, o encontro serviu para reforçar compromissos firmados em reuniões anteriores, ainda quando o secretário José Mariano Beltrame era responsável pela pasta. Uma novidade deverá ser o reforço de policiamento na área do Museu Nacional, em São Cristóvão. “Não tínhamos contato com o batalhão local, mas agora temos”, pontuou o prefeito.

Leher solicitou viaturas nas saídas de áreas de grande vulnerabilidade, como a Faculdade Nacional de Direito (FND) e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs)/Instituto de História (IH). Ele demonstrou preocupação com o deslocamento da comunidade universitária para as estações de metrô próximas à FND e Ifcs/IH e até as barcas da Praça XV.

Após a reunião, Paulo Mario conversou por telefone com os comandantes do 2º, 4º, 5º e 17º Batalhões e agendou reuniões já para a próxima semana. Segundo o prefeito, os encontros serão oportunidades para aumentar a cooperação entre a UFRJ e as autoridades policiais, cobrindo demandas que vão do Observatório do Valongo, no Centro, à Ilha do Fundão, chegando às instalações em Duque de Caxias, área de atuação do 15º BPM, sob o comando da Coronel Lovain.

“Estabelecemos um canal direto do Comando da Polícia Militar com a própria Reitoria e qualquer ajuste que se fizer necessário vai ser feito nesse nível que foi estabelecido”, informou Roberto Sá.

WhatsApp da PU para informe de ocorrências

A Seseg se comprometeu a disponibilizar viaturas na FND, na esquina com o Campo de Santana, em área próxima ao Ifcs/IH, e manter entre as 9h e as 23h um carro na altura do Pinel, na Praia Vermelha.

Segundo Paulo Mario, é importante que a comunidade universitária entre em contato com a Prefeitura (PU) da UFRJ para comunicar quaisquer alterações no serviço. O WhatsApp (21) 99413-3385, que antes cobria serviços, passará a receber informações e demandas sobre segurança na UFRJ.

A Reitoria se ofereceu para colaborar nas investigações dos crimes em linhas de ônibus e no interior do campus. Roberto Leher também pediu atenção do secretário às investigações do assassinato do estudante Diego Vieira Machado, que completa cinco meses esta semana.

“A UFRJ não é uma instituição com responsabilidade investigativa, mas temos instrumentos para ajudar e, dessa forma, trabalhar de forma integrada com a 37ª DP, na Ilha do Governador”, ressaltou Paulo Mario.

Este foi o primeiro encontro entre a Reitoria e Roberto Sá. Foram estudadas melhorias e aumento de efetivos, mesmo com a crise do Estado e as dificuldades orçamentárias da Universidade. Reitor e prefeito consideraram o encontro como bastante positivo. “Vimos com muito otimismo e boa expectativa a preocupação do comando da PM, assim como a do secretário Roberto Sá com a Universidade”, disse Leher.