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Memória

UFRJ pedirá apoio ao MEC para recuperar andar da Reitoria

Roberto Leher, reitor da UFRJ, terá reunião com o Ministério da Educação na próxima segunda-feira, 10/10

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, anunciou na quinta-feira (6/10) que pediu o apoio do Ministério da Educação para recuperar as áreas da Universidade atingidas por um incêndio na segunda-feira (3/10). As Pró-Reitorias de Gestão e Governança e de Extensão foram destruídas e mais de 8 mil documentos foram perdidos.

Na segunda-feira (10/10), Leher apresentará ao MEC uma estimativa de custos para recuperar instalações, acervos e equipamentos destruídos no sinistro e instalar escadas de emergência no prédio da Reitoria. Um dos objetivos é solicitar a liberação de verbas extraorçamentárias existentes no Ministério para situações de emergência. Na ocasião, o reitor levará também projetos emergenciais para aperfeiçoar a prevenção de incêndios no Centro de Ciências da Saúde e no Instituto de Química. A Universidade ainda buscará apoio da bancada do Rio de Janeiro no Congresso a fim de modernizar instalações construídas entre as décadas de 1950 e 1970. 

Em reunião com mais de 600 funcionários da Reitoria, na tarde de quinta-feira, a Administração Central da Universidade informou as ações emergenciais de trabalho, além de agradecer o apoio da comunidade universitária, instituições de ensino e movimentos sociais do país, que manifestaram solidariedade à UFRJ.

A pró-reitora de Extensão, Maria Malta, declarou que a memória de 35 anos de eventos realizados pelo setor foi perdida e que a Universidade fará um esforço para recuperar os registros de atividades da área, responsável pelos projetos com escolas, grupos artísticos, movimentos sociais e culturais. 

Universidade aguarda laudos

Ainda estão sendo aguardados os laudos da Polícia Federal e do Corpo de Bombeiros. No entanto, a Universidade também fará avaliações próprias de causas e danos, utilizando o conhecimento de servidores e professores do Centro de Tecnologia, Coppe e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 

A Reitoria avalia que parte das aulas no edifício continuará suspensa por mais 15 dias. Na próxima semana, está prevista a retomada de atividades administrativas no térreo e no 2º andar, que possuem subestação elétrica própria. O trabalho nos demais andares depende da substituição de outra estação, localizada na cobertura do prédio, que tem oito andares. 

“O coração da Universidade foi atingido. Nós vamos reconstruir”, disse o reitor, que também agradeceu o empenho dos servidores desalojados e destacou a “solidariedade emocionante” da comunidade universitária. Leher afirmou que a primeira grande tarefa será fazer o planejamento da transição de salas, processos e rotina de trabalho. 

A Administração Central da Universidade está funcionando provisoriamente no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, na Cidade Universitária.