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Reitoria se reúne com servidores para tratar de medidas emergenciais

Reitoria e servidores se reuniram para tratar das medidas emergenciais a serem adotadas após o incêndio no 8º andar do prédio da Reitoria

O auditório do Centro de Tecnologia recebeu, na tarde de quinta-feira (6/10), mais de 600 servidores para tratar das ações depois do incêndio que atingiu parte do prédio da Reitoria da UFRJ, na segunda-feira (3/10).

A reunião contou com a presença do reitor, Roberto Leher, da vice-reitora, Denise Nascimento, e com a participação de todos os pró-reitores, além do prefeito universitário Paulo Mário Ripper, da superintendente de Políticas Estudantis, Vera Salim, e do superintendente da TIC, Marcio Ayala. Foram esclarecidas questões referentes ao acidente e ao funcionamento de setores atingidos. Desde terça-feira (4/10), o local está interditado e os serviços estão sendo realocados temporariamente em outros prédios da Universidade.

Também na terça-feira, Defesa Civil, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, especialistas da Coppe, ETU e Prefeitura Universitária realizaram perícias nas dependências do local, a última concluída hoje à tarde.

“Os indícios apontam para um problema na parte elétrica”, afirmou o reitor, Roberto Leher. Apesar da hipótese, Leher fez questão de frisar a importância de aguardar os laudos a fim de garantir “avaliação mais criteriosa e rigorosa possível” e explicou: “Vamos ter um diagnóstico se encerrando seguramente nos próximos dias”.

Momento de solidariedade

O reitor lamentou as perdas materiais de equipamentos, documentos e pertences pessoais, que possuem valor simbólico de “uma vida de trabalho dedicada à instituição”. No entanto, fez questão de comemorar ao lembrar que não houve vítimas no acidente.

“A instituição foi atingida de forma trágica no que pode ser considerado o coração do funcionamento da nossa Universidade. E o que nós vemos aqui é um sentimento de consternação, mas de uma solidariedade absolutamente emocionante.”

Leher fez questão de reconhecer a importância e a dedicação dos servidores no momento de dificuldade, fundamentais para reerguer e reconstruir o que foi perdido.

Segundo ele, “a tarefa agora é elaborar um planejamento de transição” e ter as equipes de trabalho unidas para garantir a continuidade dos serviços.

Manifestações solidárias enviadas de universidades federais e estaduais, sindicatos e movimentos sociais de todo o país foram lembradas pelo reitor. “Todos estão acompanhado angustiados a nossa situação. Isso mostra o quanto a UFRJ é respeitada e querida por diversos setores da sociedade brasileira.”

Na segunda-feira (10/10), a Reitoria se reunirá com o Ministério da Educação para apresentar um projeto com demandas emergenciais, entre elas a de reforma imediata do prédio.

Retorno ao prédio

Depois da conclusão da perícia realizada pelo ETU hoje à tarde, o prefeito universitário, Paulo Mário Ripper, afirmou que, na segunda-feira (10/10), haverá a reativação da subestação de energia localizada no subsolo do prédio, que atende o térreo e o 2º andar. Do 3º ao 9º andares, o abastecimento não ocorrerá por enquanto, já que é feito pela outra subestação, localizada no 9º andar e bastante danificada pelo acidente.

Com estruturas abaladas e acúmulo de água em vários pontos, o acesso às dependências do local será permitido também a partir de segunda-feira, mas de modo restrito e controlado, apenas aos funcionários que desejarem retirar seus pertences e material de trabalho.

Ainda não há previsão oficial para o retorno das Pró-Reitorias aos postos originais de trabalho, todas situadas no 8º andar, nem de qualquer outra atividade realizada no prédio.