A revista científica Nature publicou na quinta-feira (15/9) matéria sobre os dois meses de deportação sumária do pesquisador de física Adlène Hicheur, que atuava como professor visitante na UFRJ.
Hicheur, de nacionalidade franco-argelina, foi extraditado para a França sem direito à defesa e justificativas claras pelas autoridades brasileiras, no dia 15/7. Devido ao estado de emergência do país, ele é obrigado a se apresentar a uma delegacia de polícia três vezes ao dia e não pode deixar a casa onde vive das 20h às 6h.
O periódico ouviu pesquisadores do Brasil e do exterior para publicar a matéria intitulada “Físicos protestam contra deportação misteriosa”. Entre os membros da comunidade acadêmica que se solidarizam com o professor, estão pesquisadores da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Instituto de Física da UFRJ. Uma petição contra a decisão do governo brasileiro já reúne mais de 300 assinaturas de profissionais da área.
Sobre os motivos para a deportação sumária, a revista afirma que enviou questionamentos às autoridades francesas e brasileiras, mas até a publicação da edição não obteve respostas.
Leia a íntegra da matéria no site da publicação.
Atualização em 16 de setembro de 2016, às 9h55 na tradução do título da matéria