Por Catarina Brust, da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Macaé
Edição: Jean Souza
Uma noite para entrar na história de Macaé. O Salão Nobre da Câmara Municipal ficou lotado na noite desta terça-feira, 21 de julho, para a colação de grau dos 30 formandos da primeira turma de Medicina do campus UFRJ-Macaé Professor Aloisio Teixeira. O momento histórico, fruto da parceria entre a prefeitura e a universidade, foi lembrado por todos como fundamental na consolidação do município como polo universitário do interior do Estado do Rio.
O curso de medicina da UFRJ – Campus Macaé recebeu nota máxima do Ministério da Educação (MEC), em março deste ano. Após a avaliação, o curso recebeu nota 4, já que a universidade no campus Macaé ainda não tinha turma formada. Nos casos em que a instituição possui alunos graduados, a avaliação se estende até a nota 5.
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, lembrou do pioneirismo e da postura visionária de todos que acreditaram na implantação do Campus Macaé e no curso de Medicina, além da importância da parceria com a prefeitura.
“Essa é uma das mais belas páginas da nossa universidade, que está perto de completar 100 anos. Esse é o único campus que temos no interior do Estado do Rio em parceria com um município. O pioneirismo do professor Francisco Esteves e esse momento que estamos vivendo têm um enorme valor simbólico para nós. A viabilidade do Polo Universitário é um gesto de generosidade do povo de Macaé. A força motriz de uma universidade são seus estudantes”, disse Leher.
O prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos Júnior, que também é médico, ressaltou aos formandos que a profissão exige abnegação e doação.
“A cada ano queremos ter uma noite como essa. Como médicos, vocês vão viver a experiência de se doar, diariamente, para outras vidas. Vocês vão viver a vida dos outros e seus sofrimentos, vão colocar o paciente em primeiro lugar. A essência da Medicina é o cuidar. Desejo a vocês muita serenidade e paz. O servir ao outro sempre traz uma boa nova”, disse o prefeito.
O vice-diretor do Campus Macaé da UFRJ, Paulo de Assis Melo, também destacou o momento histórico que representa a formatura da primeira turma de Medicina. “A parceria com a Funemac, por meio do Dr. Gleison Guimarães (presidente da Fundação Educacional de Macaé), consolida esse trabalho. Estamos vendo um sonho se tornar realidade. A vocês, formandos, insistam em continuar adquirindo forte base científica para a consolidação do conhecimento”, falou.
O diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho, disse que era uma felicidade ter conhecido os 30 jovens formandos do curso.
“Vocês são merecedores deste momento. Agora é um novo caminho que se abre. Mais do que colar grau, vocês aprenderam, com as intempéries, a serem cidadãos”, pontuou.
O coordenador do curso de Medicina da UFRJ Campus Macaé, Irnak Marcelo Barbosa, disse que nenhuma palavra era capaz de traduzir o momento. Em seguida, citou um trecho de uma letra de Gonzaguinha, “Acredito na Rapaziada”.
“Fechamos essa etapa para um novo ciclo. O Campus Macaé faz parte de um projeto federal de expansão do número de vagas e colabora com a necessidade de mais médicos. A pluralidade de vocações do município, a existência do Nupem [Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (NUPEM-UFRJ)] e a proposta de parceria da prefeitura fez de Macaé a cidade eleita para receber o Campus Macaé. Além do petróleo, o município é também um local de saber com a Cidade Universitária, que abriga a UFRJ, FeMASS, UFF e, agora, temos a vinda da Uerj e a construção do Polo Tecnológico”, disse.
O secretário de Saúde, Pedro Reis, destacou que o momento era histórico para o município. “Além dos avanços que a saúde vem implementando, com a Atenção Básica, ficamos orgulhosos de ver esses jovens com ensino de qualidade no município ampliando o conhecimento no campo de prática da rede municipal de saúde”, pontuou.
O formando da turma de Medicina, Luiz Fernando Menezes, emocionado, disse que a oportunidade de estar ali era a concretização de um sonho de 30 jovens. “Durante seis anos convivemos com 29 pessoas extraordinárias, diferentes entre si. Fomos pioneiros e trazemos no peito o grito: eu concretizei um sonho”, ressaltou.