As Escolas de Música, Belas Artes e Comunicação apresentam ao público de Niterói e Petrópolis mais um espetáculo de alta qualidade, O professor de música, ópera cômica em dois atos de G. B. Pergolesi (1752), como 18ª montagem do projeto Ópera na UFRJ.

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Memória

“O professor de música” é a nova atração do projeto Ópera na UFRJ

As Escolas de Música, Belas Artes e Comunicação apresentam ao público de Niterói e Petrópolis mais um espetáculo de alta qualidade, O professor de música, ópera cômica em dois atos de G. B. Pergolesi (1752), como 18ª montagem do projeto Ópera na UFRJ.

Como 18ª montagem do projeto ÓPERA NA UFRJ, as Escolas de Música, Belas Artes e Comunicação apresentam ao público de Niterói e Petrópolis mais um espetáculo de alta qualidade, O professor de música, ópera cômica em dois atos de G. B. Pergolesi (1752).

É a quinta ópera a ser realizada em parceria com os teatros municipais João Caetano e D. Pedro, com apoio do Edital Pró­Cultura e Esportes/PR5, Faperj e Dell`Arte, dando sequência ao sucesso de Don Quixote nas Bodas de Comacho, de Telemann, em 2011; Cosi fan tutte, de Mozart, em 2012; Caso no Júri, de Gilbert e Sullivan, em 2013; e O diletante, de João Guilherme Ripper, encenada em 2014 em comemoração aos 20 anos do projeto e eleita, pelo jornal O Globo, um dos dez melhores concertos do ano.

O autor

Compositor italiano, nascido em Jesi, perto de Ancona, em 1710, Giovanni Battista Pergolesi começou a estudar violino muito cedo e, demonstrando uma notável aptidão, aos 16 anos foi convidado a ingressar no Conservatorio dei Poveri di Gesu Cristo, em Nápoles. Com a família a atravessar um período difícil, Pergolesi decidiu começar a compor profissionalmente. O seu primeiro trabalho de sucesso foi a ópera Salustia, premiada em Nápoles em 1732 quando tinha apenas 22 anos. Compôs mais de 30 sonatas para violino e baixo, sendo que 24 foram editadas postumamente em Londres.

Depois de alguns insucessos no teatro, Pergolesi compôs uma obra marcadamente napolitana, Lo frate`nnamorato, bem recebida pelo público. Em seguida, apresentou uma ópera, Il prigioner superbo, e um intermezzo em tom de comédia, La serva padrona, que obteve enorme sucesso, tornando­se o mais famoso intermezzo. Em seu último ano de vida, compôs Stabat Mater e Salve Regina, suas derradeiras peças. Pergolesi, considerado o pai da ópera cômica, faleceu com apenas 26 anos.

A obra

A atribuição da autoria de Il maestro di musica a Pergolesi se deve a um fato histórico. Em 1752, uma companhia de ópera italiana se instalou no Academie de la Musique, de Paris, e uma de suas óperas foi La serva padrona, de Pergolesi. Apesar de já ter sido encenada em 1749, foi sua apresentação no principal teatro musical de Paris que a transformou num enorme sucesso. A companhia, no ano seguinte, encenou Il maestro di musica como sendo de Pergolesi para, evidentemente, aproveitar o sucesso de La serva padrona. Foi desta forma que Pergolesi, já falecido, ganhou um novo sucesso, que perdura até hoje.

Il maestro é de Pietro Auletta (1698 ­1771), ou do que sobrou da sua ópera cômica de maior sucesso, L’Orazio (1737). Quando esta percorreu toda a Europa, era modificada em cada cidade em que era apresentada, sendo números retirados e/ou substituídos por outros de autores locais ou não. Foi este resultado da mistura de várias peças, de diversos compositores, que foi apresentado aos franceses em 1752 como Le maitre de musique, e publicado em 1753 como sendo de Pergolesi. (Pesquisa de Bruno Furlanetto, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro)

 

O professor de música 

Personagens e Solistas:

Lauretta, aluna dileta: Michele Ramos (soprano)

Lamberto, professor de música: Saulo Laucas (tenor)

Colagianni, empresário: Cícero Pires Pinto (baixo)

Dorina, aluna: Helena Lopes (mezzo­soprano)

Sinopse

A casa de um respeitado professor de música, como uma academia, é muito procurada por seus valiosos ensinamentos. Lamberto, o exigente professor, dedica uma atenção especial à sua aluna Lauretta, pouco atenta e esforçada, mas bonita e sedutora. O empresário Colagianni chega à casa para contratar cantoras e se encanta por Lauretta, querendo, de imediato, mesmo sem ouvi­la cantar uma ária, assinar um contrato. Lamberto se opõe energicamente, pois considera que ela ainda não está preparada para a carreira artística.

Em um momento de desatenção do mestre, o empresário aproveita para seduzir a aluna, fazendo-­lhe uma declaração de amor e prometendo grande sucesso pelos palcos do mundo, deixando Lauretta confusa. O professor, querendo provar que sua discípula precisaria de mais estudo para enfrentar o público, convoca Lauretta e Dorina para fazerem um dueto. Mas percebendo que sua aluna estava inclinada a aceitar a proposta de Colagianni, passa Lamberto a tratá­la gentilmente, levando Lauretta a conciliar os interesses dos dois de modo a incluir, no contrato, o professor como seu acompanhador ao cravo em suas futuras récitas.

Direção Musical: Priscila Bomfim

Direção Cênica: José Henrique Moreira

Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob a regência de Jésus Figueiredo e Priscila Bomfim

Serviço

Récitas:

Óperas de Inverno

03 de julho, sexta­feira, 20h

04 de julho, sábado, 20h

05 de julho, domingo, 19h

Teatro Municipal João Caetano, Niterói

Rua Quinze de Novembro, 35, Centro

Tel.: (21) 2620­1624

15º Festival de Inverno de Petrópolis

11 de julho, sábado, 19h

Theatro D. Pedro

Praça dos Expedicionários ­ Centro

Tel.: (24) 2235­3833

Duração: 60 m

Faixa Etária: Livre

Fotografias de divulgação: Rafael Reigoto

Contato: José Mauro Albino / zemauro@cla.ufrj.br / (21) 98102­9868

Confira aqui a matéria da Escola de Música sobre a ópera.