O Mestrado Profissional em Linguística e Línguas Indígenas – PROFLLIND se estrutura a partir de uma única área de concentração – Linguística e Línguas Indígenas – composta por duas linhas de pesquisa: Descrição, Análise e Documentação de Línguas Indígenas; e Língua, Cultura e Sociedade. A primeira focaliza a descrição, a análise e a documentação de línguas indígenas, e a segunda volta-se para essas línguas a partir da visão da linguagem como uma prática social, incluindo, assim, a Linguística Antropológica, projetos de revitalização linguística e de políticas linguísticas mais amplas.
O cruzamento entre as duas linhas se dá, de acordo com a vice-coordenadora, Tânia Clemente de Souza, através do contexto do próprio curso, que investe na produção de material didático, em primeira língua e segunda língua, na escolha das disciplinas e na articulação entre elas.
De acordo com a proposta do Curso, os profissionais aos quais se destina o PROFLLIND têm a sua atuação marcada pelo desafio de enfrentar a materialidade das línguas indígenas e os elos de sua inserção em contextos sociais e culturais específicos.
A demanda para o Curso, portanto, é clara: provém dos profissionais que trabalham com saúde e educação em área indígena; de pesquisadores em línguas e culturas indígenas; de agentes envolvidos em processos de revitalização linguística; de professores do ensino regular fora de áreas indígenas dedicados ao ensino de História e Cultura Indígena; de integrantes de organizações governamentais e não governamentais com foco de atuação junto a povos indígenas. Enfim, a demanda provém de todos aqueles que anseiam pela apropriação de conhecimentos e técnicas no domínio da Linguística para atuarem de forma mais efetiva em suas respectivas áreas.
Segundo Marília Facó, almejando habilitar esses profissionais para o desenvolvimento de suas práticas e para a transmissão de habilidades específicas em contextos de uso de línguas indígenas e de reflexão sobre a herança linguístico-cultural dos povos indígenas, o PROLLIND mantém e revitaliza a tradição do Setor de Linguística do Museu Nacional/UFRJ. “O Museu Nacional, através de seus acervos e de seus pesquisadores, tais como Joaquim Mattoso Camara Júnior, Yonne de Freitas Leite, Aryon Dall`Igna Rodrigues, que já não estão mais entre nós, coloca-se como uma das instituições brasileiras responsáveis pelo desenvolvimento dos estudos das línguas indígenas, assim como pela valorização da cultura dos povos que as falam”, conclui a coordenadora.
PÚBLICO ALVO
Profissionais que têm sua atuação marcada pelo desafio de enfrentar a materialidade das línguas indígenas e os elos de sua inserção em contextos sociais e culturais específicos. São eles:
• egressos de Cursos de Graduação ou de Cursos de Terceiro Grau indígena;
• profissionais das áreas de saúde e de educação em área indígena;
• pesquisadores em línguas e culturas indígenas;
• agentes envolvidos em processos de revitalização linguística;
• professores do ensino regular fora de áreas indígenas dedicados ao ensino de História e Cultura Indígena;
• integrantes de organizações governamentais e não governamentais com foco de atuação junto a povos indígenas.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
Linguística e Línguas Indígenas.
Reúne aportes científicos e técnicos da Linguística e os direciona para a compreensão das línguas indígenas e suas respectivas materializações em contextos de uso real.
LINHAS DE PESQUISA
Descrição, Análise e Documentação de Línguas Indígenas – Focaliza a descrição, a análise e a documentação de línguas indígenas, levando em consideração a existência de diferentes posições teórico-metodológicas. Inclui o estudo das estruturas linguísticas, os modelos de análise linguística, a prática em análise de dados, os estudos comparativos, os estudos de sistemas de caso.
Língua, Cultura e Sociedade – Volta-se para as línguas indígenas a partir da visão da linguagem como uma prática social. Inclui a Linguística Antropológica ocupando-se da etnologia dos indígenas sul-americanos, em termos das principais questões e contribuições da Linguística. Sob o ângulo da linguagem como prática social, alia o estudo das estruturas linguísticas aos aspectos discursivos e semânticos e ocupa-se de projetos de revitalização linguística e de políticas linguísticas mais amplas.
Ambas as linhas são atravessadas, no contexto do curso, pela preocupação com a produção de material didático, quer em primeira língua (L1), quer em segunda língua (L2) – o que se encontra consubstanciado no elenco de disciplinas e em sua articulação.
CORPO DOCENTE
Marília Lopes da Costa Facó Soares
Lattes: link: http://lattes.cnpq.br/7842354039118425
Marcia Maria Damaso Vieira
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/8220723439104047
Tania Conceição Clemente de Souza
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/6982352616178640
Marci Fileti Martins
Lattes: linkhttp://lattes.cnpq.br/4095743026369626
Jaqueline dos Santos Peixoto
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/8196118428504511
Beatriz Protti Christino
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/1139526431179026
Ana Paula Quadros Gomes
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/3854275482207788
Maria Aurora Consuelo Alfaro Lagorio
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/1278128179315100
COLABORADOR:
Evandro de Sousa Bonfim
Lattes: link http://lattes.cnpq.br/4706924896241987
PROCESSO DE SELEÇÃO
O edital de seleção e o calendário do curso serão divulgados no segundo semestre de 2015, na Página do Museu Nacional (www.museunacional.com.br).