Há menos de um mês, a Maternidade Escola da UFRJ foi reconhecida como Centro de Referência oficial da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro para o atendimento a mulheres com gravidez molar. Na semana de comemoração do Dia Internacional da Mulher, a maternidade chama atenção para o assunto.
A gravidez molar, ou doença trofoblástica gestacional, é resultado de uma falha na fertilização do óvulo, que leva ao desenvolvimento placentário anormal, causando a falência do desenvolvimento do feto.
Ela começa com os mesmos sinais e sintomas de uma gestação, ou seja, o atraso menstrual, a presença de náuseas e vômitos (normalmente mais intensos do que em uma gravidez normal) e o aumento do ventre mais rápido do que a idade gestacional.
Porém, o sintoma mais comum do problema na gestação é a presença de sangramento vaginal, frequentemente na forma de secreção mais escura que sangue vivo.
No Brasil, acredita-se que haja um caso de gravidez molar para cada 200 a 400 gestações normais, o que faz com que a doença seja pouco frequente e, por isso, desconhecida da população e mesmo de muitos médicos.
Confira artigo de Antonio Braga, professor de obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRJ.
Maternidade Escola da UFRJ comemora a Semana do Dia Internacional da Mulher
A Maternidade Escola da UFRJ, primeira maternidade do país, fundada em 1904, há mais de um século vem cuidado das mulheres em um dos seus momentos mais lindos de suas vidas: a maternidade!
Na semana do Dia Internacional da Mulher, diversas ações têm sido realizadas para as centenas de pacientes que são atendidas nessa Unidade da UFRJ: palestras sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, uso de métodos contraceptivos, alimentação saudável, cuidados pré-concepcional e pré-natal.
Mas há um motivo a mais para nossas mulheres comemorarem este ano. Há pouco menos de um mês, a Maternidade Escola da UFRJ foi reconhecida como centro de referência oficial da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro para o atendimento de mulheres com gravidez molar. Essa conquista foi fruto da parceria firmada entre o reitor da UFRJ, professor Carlos Levi, e o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, dr. Daniel Soranz, para aproximar cada vez mais a Universidade à Rede Pública de Saúde do Rio de Janeiro, estando presente o diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, professor Roberto Medronho, o diretor da Maternidade Escola da UFRJ, professor Joffre Amim-Júnior, e outros importantes professores da UFRJ e profissionais da SMSRJ, como mostra a foto 1.
O convênio foi celebrado no dia 20 de fevereiro de 2015, na Sede Administrativa da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, formalizando a Maternidade Escola da UFRJ como o centro de referência oficial da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro para o atendimento de mulheres com doença trofoblástica gestacional (mola hidatiforme e neoplasia trofoblástica gestacional).
Estiveram presentes nesse memorável encontro o subsecretário geral de Saúde, dr. José Carlos Prado Junior; a responsável pelo Programa de Saúde da Mulher, enf. Fernanda Prudêncio da Silva; representando a Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, enf. Kátia Costa da Silva; a diretora de Assistência à Saúde da Maternidade Escola da UFRJ, dra. Penélope Saldanha; o diretor técnico e médico da Maternidade Escola da UFRJ, dr. Jair Braga; o coordenador do ambulatório de doenças trofoblásticas, professor Antonio Braga e outros importantes profissionais da SMSRJ, como pode-se ver na foto 2.
A mola é uma doença da gravidez em que o feto não se desenvolve normalmente, com elevado risco de progressão para o câncer da placenta, chamado de neoplasia trofoblástica gestacional. Infelizmente, nesses casos, a gravidez não vai adiante. Contudo, recebendo tratamento adequado, a mulher pode engravidar de novo, fazer o pré-natal na Maternidade Escola da UFRJ e ganhar seu bebê com segurança e respeito nessa importante instituição da nossa universidade.
O ambulatório de doenças trofoblásticas funciona às quartas-feiras pela manhã e é coordenado pelo professor Antonio Braga, mestre, doutor e pós-doutor nesse assunto pela Universidade de Harvard e pelo Imperial College of London, e vem dedicando toda sua vida acadêmica ao tratamento das mulheres com essa doença.
Por ano, mais de 200 pacientes são tratadas na Maternidade Escola da UFRJ com essa doença, como se pode observar na foto 3 em uma confraternização do ambulatório.
Nesse serviço, as mulheres são tratadas de modo competente e humanizado, sendo acolhidas e acompanhadas de modo primoroso, até que possam gestar de novo e retornar para sua família com seu filho nos braços.
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