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Consuni emite moção sobre o massacre de estudantes no México

Consuni se posicionou na quinta-feira, dia treze de novembro, perante o assassinato e desaparecimento de estudantes em Iguala, Guerrero.

O Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ aprovou na quinta-feira, treze de novembro, moção em solidariedade às famílias, amigos e companheiros dos estudantes de Ayotzinapa. Veja, abaixo, o texto na íntegra:

Lic. Enrique Peña Nieto
Presidente da República
Lic. Miguel Ángel Osorio Chong
Secretario de Governo
General Salvador Cienfuegos Zepeda
Secretario de Defesa
Lic. Emilio Chuayffet Chemor
Secretario de Educação
Lic. Jesús Murillo Karam
Procurador General da República
Lic. Ángel Heladio Aguirre Rivero
Governador constitucional do Estado de Guerrero
Dep. Silvano Aureoles Conejo
Presidente da Câmara dos Deputados
Sen. Miguel Barbosa Huerta
Presidente do Senado
Ministro Juan N. Silva Meza
Presidente da Suprema Corte de Justiça da Nação
Dr. Raúl Plascencia Villanueva
Presidente da Comisión Nacional de los Derechos Humanos

Aos 43 estudantes de Ayotzinapa desaparecidos, a seus familiares e companheiros.


Aos estudantes e docentes mexicanos.

O Conselho Universitário da UFRJ, reunido em 13 de novembro de 2014, expressa preocupação e indignação, a exemplo de acadêmicos de todo o mundo, com os acontecimentos ocorridos em Iguala, Guerrero, em 26 de setembro de 2014. Não há palavras para expressar o horror e a indignação pelo assassinato de seis pessoas, entre as quais três estudantes da Escola Normal Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, e pelo desaparecimento de outros 43 estudantes da mesma escola.

Nós nos solidarizamos  com as demandas de justiça e compartilhamos a dor das famílias, amigos e companheiros dos estudantes de Ayotzinapa. Preocupa-nos a ausência de esclarecimentos das autoridades sobre o que de fato ocorreu com os estudantes desaparecidos. Como todos os acadêmicos do mundo, demandamos informações sobre o paradeiro dos estudantes, o fim da repressão ao movimento estudantil da referida escola, a punição com o rigor da lei dos mandantes e das autoridades coniventes com o bárbaro crime. Clamamos por uma investigação rigorosa que não permita que os graves acontecimentos resultem impunes. Ayotzinapa toca muito profundamente a UFRJ e, certamente, todas as universidades brasileiras. Pelas vítimas e pela democracia, exigimos justiça.

Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2014.