A Coppe/UFRJ lançou, dia 28 de agosto, o Programa Coppe Inclusão, cujo objetivo é contribuir para que pessoas com deficiência possam ter acesso ao trabalho na área tecnológica. O Programa foi apresentado na abertura do Workshop Tecnologia, Inclusão e Deficiência – Limites e Possibilidades: Quebrando Mitos, realizado pela Coppe em seu auditório, no Centro de Tecnologia 2 (CT 2) da UFRJ, na Cidade Universitária.
Participaram do workshop o reitor da UFRJ, professor Carlos Levi; o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa; o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, José Carlos Pinto; o presidente do Conselho Estadual para Política de Integração das Pessoas com Deficiência, Marco Castilho; a diretora do Departamento de Estudos e Pesquisas Médicas e de Reabilitação do Instituto Benjamin Constant, Marcia Nabais; o coordenador da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Coppe, Gonçalo Guimarães; e Gleyse Peiter, coordenadora do Laboratório Herbert de Souza de Tecnologia e Cidadania, uma parceria entre a Coppe e o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep), entre outros convidados.
O Programa Coppe Inclusão reunirá uma série de ações. Uma delas será um curso destinado a qualificar pessoas com deficiência para que elas possam trabalhar em instituições de pesquisa. O curso, com duração de 300 horas, deverá ter início em março de 2015, com aulas teóricas e estágio nos laboratórios da Coppe e na área administrativa da Fundação Coppetec. O ingresso será por seleção pública e a previsão é que as inscrições estejam abertas a partir de outubro deste ano.
Promover a acessibilidade aos laboratórios e salas de aula da Coppe também está entre as ações do Programa Coppe Inclusão, que prevê a adequação das instalações. Também será realizada campanha de sensibilização dos empregados. O programa contará com assessoria de instituições parceiras da sociedade civil, que atuam com pessoas com deficiência.
A inserção no mercado de trabalho sempre foi um desafio para a pessoa com deficiência, que muitas vezes não consegue emprego por falta de oportunidade e de qualificação necessária para função. Por isso, uma das principais iniciativas do programa será a promoção do curso de capacitação, para que pessoas com deficiência possam trabalhar em instituições de ensino e pesquisa, como a Coppe, desempenhando atividades técnicas e/ou administrativas.
Por lei, são destinadas às pessoas com deficiência 5% das vagas de empresas e instituições. Contudo, existe dificuldade para encontrar pessoas habilitadas para exercer as atividades. A legislação estimula a contratação, mas não há programas para qualificar essas pessoas, o que, na prática, dificulta o acesso delas ao emprego. “Há dois anos temos um programa na Fundação Coppetec para recrutar pessoas com deficiência, mas, devido à falta de qualificação, temos dificuldade para contratar”, explica José Carlos Pinto, também diretor-executivo da Fundação Coppetec.
Uma das propostas do programa é utilizar a tecnologia para promover a inclusão tecnológica das pessoas com deficiência. “Nossa intenção é que o Programa Coppe Inclusão seja uma iniciativa contínua e de longo prazo”, afirma José Carlos Pinto.