A nova edição do livro, que vendeu mais de seis milhões de exemplares desde a primeira edição, traz uma atualização completa do conteúdo.

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Manual do bebê recebe atualização de profissionais da UFRJ

A nova edição do livro, que vendeu mais de seis milhões de exemplares desde a primeira edição, traz uma atualização completa do conteúdo.

Por Natalia Sales 

O livro A vida do bebê ficou conhecido nas últimas décadas, como um manual de instruções para as mães e pais de primeira viagem, que recorrem a ele nos primeiros anos de vida dos filhos. A obra vendeu mais de seis milhões de exemplares desde a primeira edição em 1941. No entanto, precisava ser atualizada por um especialista e a tarefa coube ao professor de Pediatria da UFRJ Edimilson Migowski com parte da equipe do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).

A nova edição do livro preserva o mesmo modo de escrita do autor Rinaldo De Lamare, mas traz uma atualização completa do conteúdo. Desta vez, há uma atenção maior voltada para o período pré-natal, na nutrição e no acompanhamento dos “1000 primeiros dias” do bebê – essenciais para assegurar uma boa saúde no futuro adulto, tempo que inclui os nove meses de gestação e os dois anos primeiros anos.

 O professor Edimilson Migowski considera o livro uma obra de arte. “É um grande clássico. Acho que a equipe realizou algo semelhante a uma restauração da edição antiga”, afirmou. Segundo ele, foram observadas questões como obesidade,  pressão alta e as exageradas doses de açúcar na dieta do bebê.  “Houve um olhar muito atento à questão nutricional da infância.”

A 43ª edição demorou 12 meses para ficar pronta e conta com uma linguagem direta e acessível. Foram introduzidas novas fotos, ilustrações e as mais recentes descobertas no campo da Neonatologia e Neurologia, como, por exemplo, instruções a respeito de como a mãe deve agir em casos de manifestações nervosas de bebê.

De acordo com o doutor Migowski, algumas coisas foram mudadas com o avanço da medicina, um exemplo é a utilização de permanganato quando havia um diagnóstico para catapora, que não é mais uma prática recomendada nos dias atuais. Além de o livro ter sido revisado por diversos profissionais e grupos de médicos, a família de De Lamare também conferiu o conteúdo antes da publicação.  Para o professor Migowski a pediatria foi valorizada e o livro encontra-se bem condizente com as práticas atuais, agradando os profissionais da área.