A Escola de Música (EM) da UFRJ comemora, este mês, 166 anos de história. Além da já tradicional Semana de Música, a programação incluiu o 5º Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ e o 4º Fórum Nacional de Editores de Periódicos de Música.">A Escola de Música (EM) da UFRJ comemora, este mês, 166 anos de história. Além da já tradicional Semana de Música, a programação incluiu o 5º Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ e o 4º Fórum Nacional de Editores de Periódicos de Música.">
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Memória

EM comemora 166 anos de história e os 80 anos da Revista Brasileira de Música

A Escola de Música (EM) da UFRJ comemora, este mês, 166 anos de história. Além da já tradicional Semana de Música, a programação incluiu o 5º Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ e o 4º Fórum Nacional de Editores de Periódicos de Música.

Foto: Ana Liao
Professora Maria Alice Volpe
 Professora Maria Alice Volpe coordenadora do evento

 

A Escola de Música (EM) da UFRJ comemora, este mês, 166 anos de história. Além da já tradicional Semana de Música, com exibição de concertos e apresentações, a programação comemorativa, que aconteceu de 11 a 15/8, incluiu também o 5º Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ e o 4º Fórum Nacional de Editores de Periódicos de Música.
A iniciativa de realizar um evento que agrega ciência e artes reflete a nova postura da Escola de Música, que busca contrabalançar a produção artística e científica na instituição. Segundo a coordenadora do simpósio, Maria Alice Volpe, a realização dos dois eventos simultaneamente “representa não só que a escola está atenta para o desenvolvimento das duas áreas de atuação, mas também para a integração entre elas”. A professora ainda destacou que o estudo teórico é importante para o desenvolvimento dos alunos também como artistas.
Nesta edição, o simpósio comemora não apenas o aniversário da instituição, como também os 80 anos da Revista Brasileira de Música (RBM), primeiro periódico acadêmico da área no Brasil que ainda está em circulação. Com o tema “Periódicos Musicais: história, crítica e políticas editoriais”, o encontro debateu as diversas dimensões dos periódicos e sua importância na divulgação do conhecimento musical.
Um dos destaques da programação foi a mesa temática “Revista Brasileira de Música: história e legado”, na quinta-feira (13/8). Participaram do debate o diretor da Escola de Música, André Cardoso, o musicólogo e pesquisador Manoel Aranha Corrêa do Lago e o professor Jairo Botelho Cavalcanti, da Universidade Estadual de Maringá. A mediação foi feita pela professora Maria Alice Volpe.
 
 Foto: Ana Liao
 Mesa temática: Revista Brasileira de Música
 Da esquerda para a direita: Manoel Aranha Corrêa do Lago, Jairo Botelho Cavalcanti, André Cardoso e Maria Alice Volpe

 

Um rico legado
Foto: Ana Liao
Professor André Cardoso
André Cardoso diretor da Escola de Música

O professor André Cardoso destacou a história da criação da RMB e seu vínculo com a história da própria Escola de Música e da sociedade brasileira. Uma relação que vem desde a origem, na reforma que integrou o então Instituto Nacional de Música à Universidade do Brasil, transformada posteriormente na UFRJ, até as diferentes fases editoriais pelas quais o periódico passou e as transformações ao longo dos 80 anos de publicação.

A participação de Luiz Heitor Corrêa de Azevedo na revista foi o tema central da fala de Manoel Aranha e Jairo Botelho. Enquanto o primeiro destacou a contribuição como articulista de um dos principais nomes da RBM, o segundo buscou destacar a importância da atuação de Luiz Heitor no movimento de brasilidade modernista da música.
Para André Cardoso, a importância do periódico está nos próprios nomes dos autores dos artigos, como “Mario de Andrade, Luiz Heitor e músicos da qualidade de Camargo Guarnieri”. Ainda segundo ele, a influência da revista está no fato de ela ter sido “um veículo do debate de ideias, congregando músicos e musicólogos do Brasil e do exterior, sendo um importante fomento para a musicologia brasileira”.
A RBM atualmente tem publicação semestral e é distribuída para as principais bibliotecas do Brasil e do mundo. Há também a versão virtual do periódico que pode ser acessada através do site.
 
Convênio internacional
 
A crescente visibilidade do Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ tem gerado boas oportunidades para a universidade. Através dele, foi firmado um convênio de cooperação entre a Escola de Música da UFRJ e seu Programa de Pós-graduação com o Ibero-Amerikanisches Institut (Instituto Ibero-Americano), a Universität der Künste (Universidade das Artes), ambas em Berlim, e a Universidade de Buenos Aires.
O objetivo é desenvolver um projeto musicológico internacional. Com isso, a escola abrigará o Colóquio Binacional, que acontecerá no Brasil e depois na Alemanha, em 2015. O colóquio a ser realizado no Rio de Janeiro será hospedado pelo 6º Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ. O tema será "Trânsitos culturais: música entre América Latina e Europa". Além disso, nesta edição, será firmado convênio proposto pela Universidade de Bologna, que propiciará o intercâmbio de professores e alunos de pós-graduação.