No dia 5 de abril, o Ciência em Foco apresenta o filme O moinho e a cruz (The Mill and the Cross - Suécia/Polônia, 2010), do diretor Lech Majewski, seguido da palestra Com quantos frames se faz uma tela? O paradoxo das histórias pintadas e da pintura em movimento, com a professora Carlinda Nuñez – Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ.">No dia 5 de abril, o Ciência em Foco apresenta o filme O moinho e a cruz (The Mill and the Cross - Suécia/Polônia, 2010), do diretor Lech Majewski, seguido da palestra Com quantos frames se faz uma tela? O paradoxo das histórias pintadas e da pintura em movimento, com a professora Carlinda Nuñez – Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ.">
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Memória

O moinho e a cruz: a tela de Brueguel em movimento

No dia 5 de abril, o Ciência em Foco apresenta o filme O moinho e a cruz (The Mill and the Cross – Suécia/Polônia, 2010), do diretor Lech Majewski, seguido da palestra Com quantos frames se faz uma tela? O paradoxo das histórias pintadas e da pintura em movimento, com a professora Carlinda Nuñez – Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ.
Foto de divulgação Cineclube da Casa da CiênciaNo dia 5 de abril, o Ciência em Foco apresenta o filme O moinho e a cruz (The Mill and the Cross – Suécia/Polônia, 2010), do diretor Lech Majewski, seguido da palestra Com quantos frames se faz uma tela? O paradoxo das histórias pintadas e da pintura em movimento, com a professora Carlinda Nuñez – Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ.
O filme resgata para a tela do cinema a sensibilidade pictórica do quadro a óleo de Pieter Bruegel – A Procissão para o Calvário, de 1564, retratando seu processo de criação na região de Flandres. A paixão de Cristo é reencenada em um contexto de perseguições religiosas e políticas, promovidas pelos invasores espanhóis católicos contra as ideias reformistas protestantes na comunidade flamenga do século XVI. Rutger Hauer interpreta o pintor no filme, e nele explica a seu mecenas, Nicolaes Jonghelinck (Michael York), um rico mercador da cidade de Antuérpia, suas escolhas de composição e o sentido que ele busca dar à obra.

De acordo com Carlinda Nuñes, “uma tela do pintor Pieter Bruegel se vai montando, adquire vida: reconstitui a problemática política de sua época (séc. XVI) a partir do contraponto com a história sagrada, o que torna a narrativa enigmática e multiperspectivada. Abrem-se conexões entre política, religião, ética, vida cotidiana e arte, bem como a discussão sobre as fronteiras entre realidade e ficção”.

A tela de Bruegel tem mais de 500 personagens e 12 deles são eleitos para narrar a história vivenciada no filme, num ambiente esteticamente estilizado a partir do uso de cenários pintados conjuntamente com as mais recentes técnicas digitais. A realidade reinterpretada pelo cineasta polaco segue argumentos do exaustivo estudo sobre a obra de Bruegel realizada em 1996, na monografia The Mill and the Cross, do reconhecido crítico de arte Michael Francis Gibson.

Sempre no primeiro sábado de cada mês, o Ciência em Foco exibe um filme seguido de debate. O objetivo é estimular a produção e circulação de novas ideias. A entrada é franca.

Serviço:

Cineclube Ciência em Foco – http://cineclubecienciaemfoco.blogspot.com

Filme: O moinho e a cruz (Bruegel, le moulin et la croix – Suécia/Polônia, 2010), de Lech Majewski

Duração: 97 min 

Faixa etária: 16 anos

05/04/2014 – 16h

Palestra: Com quantos frames se faz uma tela? O paradoxo das histórias pintadas e da pintura em movimento.
Com Carlinda Nuñez – Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, pós-doutorado na Universidade de Freiburg, Alemanha, professora e coordenadora do mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada/PPGL-UERJ.

Entrada Franca

Local: Casa da Ciência da UFRJ. Rua Lauro Müller, 3 – Botafogo.

Assessoria de Comunicação: Fernando Pedro – fernando@casadaciencia.ufrj.br Telefone: 2542-7494