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Projetos do Laboratório Didático de Química do IQ terão novidades em 2014

Com ótimos resultados em parceria com escolas públicas de ensino médio, os projetos do Laboratório Didático de Química (LaDQuim) contemplarão também alunos do segundo ano, a partir de 2014.

Por Christina Miguez, com edição de Laura Barbosa

O Laboratório Didático de Química (LaDQuim), do Instituto de Química (IQ) da UFRJ, foi inaugurado em 2011, com o objetivo de ser um espaço dedicado ao Ensino de Química, tanto para atividades voltadas ao Ensino Básico, quanto na participação da formação inicial dos alunos da Licenciatura em Química do IQ.

Atualmente, o LaDQuim desenvolve dois projetos de extensão. O primeiro envolve oficinas de química, que dão apoio à melhoria do ensino dessa disciplina na educação básica e à formação inicial e continuada de professores da área. O segundo compreende ações integradas de educação e pesquisa ambiental no Complexo da Maré.

Contando com oito bolsistas – alunos dos cursos de Química, Licenciatura em Química, Bacharelado em Ciência da Computação e Licenciatura em Filosofia – e com os projetos aprovados por editais pela Pró-Reitoria de Extensão (PR-5) da UFRJ, o LaDQuim terá novidades em 2014.

O primeiro projeto, executado em parceria com cinco escolas públicas de ensino médio (em Paciência, Campo Grande, Magé, Jacarepaguá e Duque de Caxias), tem tido ótimos resultados e, para 2014, passará a contemplar não apenas os alunos do primeiro ano, mas igualmente os do segundo ano (todos com idade entre 15 e 17 anos). A rotina de visitas desses estudantes ao IQ, a cada dois meses, continuará a ser cumprida também em 2014.

Já o segundo projeto, desenvolvido junto à escola municipal de ensino fundamental Tenente General Napion (em Ramos), conta com diversas ações, relacionando a química à qualidade de vida e sustentabilidade, e também com o auxílio de jogos educativos para a promoção do ensino de Ciências. Em 2014, o projeto será estendido também para a escola Bahia (em Bonsucesso).

As informações foram dadas pelo coordenador do LaDQuim e diretor adjunto de Graduação do IQ, professor Joaquim Fernando Mendes da Silva, que lembrou outro desdobramento importante que ocorrerá no mês de fevereiro: a realização de uma oficina experimental com os pais dos alunos da Escola Municipal Tenente General Napion para uma troca de ideias sobre a qualidade da água consumida nas suas casas, coleta seletiva e sustentabilidade.

“Os alunos orientados pelo nosso grupo realizaram experimentos para análise da água consumida em suas casas durante uma aula de Ciências na escola. Esse mesmo grupo visitou o LaDQuim, onde realizamos uma oficina interdisciplinar sobre Qualidade da Água e Saúde”, contou o professor Joaquim.

Iniciativas tiveram sucesso em 2013

Ao longo de 2013, o LaDQuim, em parceria com a ONG Redes da Maré, realizou um trabalho junto a um grupo de alunos da Escola Municipal Tenente General Napion sobre o descarte correto do lixo de suas residências. As atividades envolveram discussões a respeito da qualidade da água consumida para a manutenção da saúde. “A partir das atividades desenvolvidas, vários alunos das escolas de nível médio e fundamental passaram a enxergar a universidade pública como um espaço possível para eles”, explicou o coordenador do LaDQuim.

Dentre as iniciativas destinadas ao projeto de ações integradas de educação e pesquisa ambiental no Complexo da Maré, um jogo para computador foi desenvolvido pelo bolsista do curso de Bacharelado em Ciências da Computação para trabalhar a ideia de coleta seletiva com os alunos.

Outro jogo educacional, mais elaborado e voltado para estudantes de nível médio e superior, foi pensado a partir do projeto do LaDQuim. Ele permite ao aluno manipular a imagem de moléculas que estão presentes em alimentos e outros materiais do cotidiano a partir dos movimentos corporais do próprio aluno diante da tela do computador, captados por um sensor (Kinect®). O programa é fruto do trabalho de monografia de um aluno do curso de Especialização em Ensino de Química, defendido em novembro deste ano.

O professor Joaquim ressaltou que os projetos estão voltados para a elaboração de novas formas de trabalhar o ensino e a aprendizagem de Química, passando pela contextualização da química na vida dos estudantes e dos professores. Além disso, ajudam na compreensão da importância da química na formação do cidadão e da utilização de metodologias, como a experimentação investigativa no ensino de Química.

 Os dois projetos são apoiados pela Pró-Reitoria de Extensão (PR-5) e estão inseridos nos editais do ano de 2013 de Fomento à Cultura e ao Esporte e no Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex).  Também contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).