Na comemoração dos 50 anos do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais (IPPN) da UFRJ, palestrantes ressaltam trajetória de excelência do instituto.

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50 anos do IPPN são comemorados com simpósio, minicursos e outras atividades

Na comemoração dos 50 anos do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais (IPPN) da UFRJ, palestrantes ressaltam trajetória de excelência do instituto.

O Simpósio em comemoração aos 50 anos do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais (IPPN) da UFRJ aconteceu entre os dias 27 e 29 de novembro, no Auditório Maria Thereza Loureiro Lima, no prédio da Faculdade de Farmácia (FF).

A mesa de abertura foi composta pelo reitor da UFRJ, Carlos Levi; pelo representante da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2), José Luis da Silveira; pelo diretor do IPPN, Alessandro Simas; pelo professor Benjamin Gilbert, um dos fundadores do IPPN; e pelo representante da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Vitor Francisco Ferreira.

No breve discurso que fez, o reitor ressaltou que o Instituto é um dos orgulhos da UFRJ com a sua trajetória de excelência. Carlos Levi relembrou a história do IPPN, “que foi centro, depois virou núcleo e agora, com muito mérito, passou a ser instituto”.

Alessandro Simas disse que, no Brasil, um instituto completar cinquenta anos é motivo de comemoração. Para ele, o IPPN imprime uma característica única às pesquisas acadêmicas por estar integrado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS).

As contratações recentes de docentes para o IPPN, segundo o diretor do instituto, são um incentivo maior à realização de novas pesquisas necessárias para manter a liderança que dele se espera no amplo campo de estudo da química.

A história do instituto também foi contada por Alessandro, que lembrou como a Faculdade de Farmácia foi fundamental para a criação do IPPN. Era o Centro de Pesquisas de Produtos Naturais (CPPN), depois se transformou em Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN) e, este ano, foi elevado a Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais Walter Mors (IPPN).

Formando profissionais de qualidade

Vitor Ferreira, que foi aluno em 1976, disse estar muito emocionado em presenciar os 50 anos do instituto. Segundo ele, o maior número de pesquisas da SBQ é sobre produtos naturais e isso mostra o quão importante é ter um instituto que tenha foco nessa área de pesquisa.

Ainda segundo Vitor, o IPPN tem um valor único para o país. Para ele, 50 anos depois, provou-se que a sua criação foi essencial, “pois os formados pelo instituto estão muito bem colocados no mercado por serem profissionais de alta qualidade”.

Em seguida, o professor Benjamin falou sobre o orgulho de estar presente para ver o IPPN completar cinco décadas e ainda ter o prazer de rever alguns de seus ex-alunos. Benjamin falou ainda sobre Walter Mors, o pesquisador que dá nome ao IPPN e que o trouxe para o Brasil.

O fundador do instituto fez questão de afirmar que o Brasil vive em cima de uma mina de ouro de produtos naturais, e que ainda existem muitas pesquisas a serem feitas.

José Luis , representante de Débora Foguel, pró-reitora de Graduação e Pesquisa, leu um discurso dela parabenizando o IPPN e a todos que mantêm a excelência do instituto. O discurso ressaltou, ainda, que o IPPN investigava os elementos naturais do país mesmo quando não se dava nenhuma visibilidade a esse tipo de pesquisa.

Palestra de abertura

A professora Maria Auxiliadora Coelho Kaplan proferiu a primeira palestra do simpósio, na qual ressaltou que “o Brasil é megadiverso e tem a maior biodiversidade do mundo”. As pesquisas sobre esse manancial de recursos, que começaram a ser feitas há 50 anos, são imprescindíveis para a excelência do CCS e da UFRJ, observou.

Para ela, o IPPN ainda é relativamente pequeno em relação aos outros grupos de pesquisas dentro do próprio CCS, mas o instituto está em constante crescimento. Segundo ela, o IPPN passa por um momento de transição, devendo se repensar para progredir, expandir e continuar avançando com qualidade.

Maria Auxiliadora defende que a graduação precisa ser mais contemplada, pois jovens pesquisadores precisam ser formados. “Afinal, são eles que darão continuidade ao instituto”, frisou.

Ao comentar a trajetória histórica do IPPN, a pesquisadora lembrou ainda que o apoio do instituto possibilitou a criação de vários outros grupos de pesquisas de produtos naturais no país, que até hoje mantêm a qualidade e a excelência do início.

As comemorações pelos 50 anos do IPPN incluíram também minicursos, lançamento de DVDs e palestras durante o simpósio.