O Congresso Arte e Tecnologia: inovação, criatividade e aprendizagem, promovido pelo Laboratório de Engenharia do Entretenimento (LEE), aconteceu nos dias 13 e 14 de novembro, no Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ.

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Memória

Congresso de Engenharia do Entretenimento discute arte e tecnologia

O Congresso Arte e Tecnologia: inovação, criatividade e aprendizagem, promovido pelo Laboratório de Engenharia do Entretenimento (LEE), aconteceu nos dias 13 e 14 de novembro, no Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ.

O Congresso Arte e Tecnologia: inovação, criatividade e aprendizagem, promovido pelo Laboratório de Engenharia do Entretenimento (LEE), aconteceu nos dias 13 e 14 de novembro, no Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ.

A mesa de abertura, com mediação de Alex Armênio, foi composta pelo  professor José Augusto Nogueira Kamel, do LEE; por Diogo Cardoso, doutorando em Geografia pela UFRJ e idealizador do projeto “É COmunitário”; por Rita Afonso, coordenadora pedagógica da Escola Popular de Comunicação Crítica (EsPoCC), uma iniciativa do Observatório de Favelas, com o apoio da UFRJ; e por Marcus Faustini, idealizador da Agência de Redes para a Juventude.

Kamel iniciou seu discurso falando sobre educação, arte, cultura e também sobre diversão. Segundo ele, as redes sociais são um exemplo dessa fusão, já que ao mesmo tempo em que os alunos as usam para diversão, discutem matérias da faculdade até mesmo com os professores.

O professor informou que o LEE funciona no Departamento de Engenharia Industrial (DEI), vinculado ao curso de Engenharia de Produção.

O laboratório, de acordo com Kamel, é destinado a alunos que se interessam por arte, tecnologia e entretenimento. Com um sistema de avaliação sem provas, o trabalho final do LEE é a organização de uma festa na Praia Vermelha, para testar a logística e a comunicação entre os alunos.

Ele disse ainda que os alunos da universidade cursam muitas matérias por período, ocasionando “uma correria que não permite a frequência dos alunos em atividades paralelas da UFRJ”. Os próprios alunos do LEE não estavam presentes na mesa de abertura do congresso por estarem em prova no mesmo horário, lembrou.

De acordo com Kamel, a tecnologia e a arte andam lado a lado, às vezes impulsionando e outras vezes limitando uma a outra. Citou exemplos, como os shows de rock, que antigamente não tinham retorno para audição do artista e hoje são facilmente transmitidos ao vivo, e Leonardo da Vinci, que mesclava engenharia e arte em seus trabalhos.

Segundo Kamel, a internet é parte essencial da vida dos estudantes e nela é possível encontrar conhecimento e diversão ao mesmo tempo. Por isso, a universidade deveria debatê-la mais.

Por fim, o professor citou algumas obras que fazem analogia com a vida moderna e o uso das tecnologias, como o livro Capitães da Areia, de Jorge Amado, em que existe a cafua, “um cômodo onde uma pessoa não consegue ficar em pé e nem deitado, como a prisão que a internet pode ser”.

Iniciativas Sociais e Inovação

Diogo Cardoso contou brevemente sobre o seu projeto “É COmunitário” e o projeto “Caminhos da Fazenda de Santa Cruz”, que desenvolvem a proposta de ativação do turismo de base comunitária na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo pesquisa que coordenou, a Zona Oeste oferece diversos pontos turísticos que deveriam ser explorados, proporcionando educação patrimonial, turismo pedagógico e, ao mesmo tempo, gerando renda e trabalho para os moradores da região.

Já Rita Afonso falou sobre a Escola Popular de Comunicação Crítica (EsPoCC), que busca criar narrativas “entre, dentro e para a favela, uma vez que está localizada no conjunto de favelas da Maré”.

Ela frisou a necessidade de pressionar o governador do Rio de Janeiro a criar regras de conduta para que o estado entre nas favelas.

Rita também destacou a questão do dinheiro privado em campanhas públicas. “Essa é uma via de duas mãos, na qual o projeto tenta suprir as suas próprias exigências e, ao mesmo tempo, cumprir as demandas de interesse das empresas patrocinadoras”, observou.

A fala de Marcus Faustini foi breve. Para ele, o que as pessoas precisam, em geral, é de repertório. E o repertório nada mais é que a bagagem que cada um tem, ou seja, as informações e sabedorias coletadas ao longo da vida.

Como idealizador da Agência de Redes para a Juventude, Faustini acredita na importância do seu projeto porque, segundo ele, o maior símbolo da desigualdade social na cidade do Rio de Janeiro são os jovens excluídos do ensino formal.

Por fim, houve perguntas e interação com o público presente.

O Congresso se estendeu pela tarde e, no dia seguinte, discutiu Startups, Economia Criativa e Entretenimento e Música, Entretenimento e Democratização. Além dos debates, houve também apresentação de trabalhos.