O reitor da UFRJ, Carlos Levi, considerou como repugnante e inaceitável a ocorrência de trotes humilhantes dentro da universidade, como aqueles denunciados esta semana. Levi afirmou que irá reforçar junto às unidades acadêmicas orientações para que as respectivas direções inibam essas práticas e apliquem sanções disciplinares aos responsáveis.
“Esse tipo de postura não pode ser tolerado. Estamos em uma das mais importantes universidades do país, que tem a responsabilidade de se fazer reconhecida pela excelência de seus profissionais. Em pleno século XXI, chega a ser repugnante tomar conhecimento de práticas que reforçam atitudes preconceituosas, sexistas e tentativas ridículas de demonstração de autoridade sobre calouros, por colegas que deveriam, ao contrário, dar exemplos de civilidade e cidadania. A UFRJ, há mais de dez anos, se orienta por Portaria específica que proíbe o trote e prevê graves sanções disciplinares aos responsáveis por esse tipo de prática”, disse.
De acordo com Levi, a recepção de calouros pelos seus colegas veteranos será sempre bem-vinda, quando feita de forma saudável, visando à socialização entre os estudantes. “Os trotes solidários estão aí, e devem ser tomados como exemplos. Há inúmeras iniciativas que podem ser adotadas pelos alunos, como doação de sangue, recolhimento de livros e alimentos para doação. Opções inteligentes não nos faltam”, disse o reitor.
A Ouvidoria-Geral da UFRJ recorrentemente alerta os diretores de unidades sobre a necessidade de coibir os trotes. A Ouvidoria informa que reclamações sobre trotes devem ser enviadas para o e-mail ouvidoria@ouvidoria.ufrj.br ou comunicadas no site www.ouvidoria.ufrj.br.
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