O Ladetec será o primeiro prédio a ser concluído, do novo Polo de Química da UFRJ. As obras, em andamento na Cidade Universitária, trarão ao campus um complexo de edifícios destinado a abrigar as atividades do Instituto de Química.
As obras começaram por terraplanagem, fundação, estrutura e alvenaria, com recursos de R$ 13,5 milhões do Ministério do Esporte. A previsão é que o novo prédio esteja pronto no primeiro semestre de 2014, quando iniciará um período de testes com novos equipamentos e protocolos de segurança recomendados pela Wada, para assegurar o credenciamento.
Por isso, os exames da Copa do Mundo ainda serão feitos nas instalações atuais, mas já com novos equipamentos e pessoal treinado para operá-los. Já para os Jogos de 2016 os testes serão feitos no novo prédio, com funcionamento 24 horas, sete dias por semana, durante os 15 dias de competições dos Jogos Olímpicos, com previsão de 5,5 mil exames. Para os Jogos Paraolímpicos, a previsão é que sejam feitos 1,5 mil testes.
Ao todo, apenas 33 laboratórios certificados pela WADA atuam no mundo.
O novo Polo de Química
De acordo com o professor Francisco Radler, coordenador do laboratório, a UFRJ vem pleiteando, desde 2004, a construção do Polo de Química, com instalações adequadas às necessidades de pesquisa da universidade. As condições atuais não estão de acordo com o desafio dos testes de dopagem para as Olimpíadas em 2016. "Desde o início, a necessidade do laboratório Olímpico representou a força motriz para a construção do Polo de Química".
No entanto, será questão de tempo para que os outros laboratórios passem a utilizar a estrutura. Os investimentos estão, inicialmente, concentrados no laboratório de dopagem, em face da Copa e das Olimpíadas, que trazem a demanda dos exames antidoping. "Com certeza, com os demais professores do IQ se articulando, teremos recursos para o restante do Polo, em especial", afirma Radler.
Administrado pelo Escritório Técnico da UFRJ (ETU), o projeto prevê a transferência de todo o Instituto de Química para o novo prédio. Por isso, as dimensões serão apropriadas para atender o maior número de alunos do IQ. Hoje, estes alunos somam mais de 4 mil matrículas por semestre. "Estamos sendo o gargalo para que outras unidades expandam suas matrículas e estabeleçam novos cursos que têm a química em seu currículo", afirma Radler.