A coordenação do curso de Relações Internacionais (RI), decanias do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e o Centro Acadêmico Suely Souza de Almeida (Casual) realizaram, nos dias 16 e 17 de janeiro, o “Encontro de Relações Internacionais: Balanços e Perspectivas”.

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Encontro reúne corpo social do curso de Relações Internacionais

A coordenação do curso de Relações Internacionais (RI), decanias do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e o Centro Acadêmico Suely Souza de Almeida (Casual) realizaram, nos dias 16 e 17 de janeiro, o “Encontro de Relações Internacionais: Balanços e Perspectivas”.

A coordenação do curso de Relações Internacionais (RI), decanias do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e o Centro Acadêmico Suely Souza de Almeida (Casual) realizaram, nos dias 16 e 17 de janeiro, o “Encontro de Relações Internacionais: Balanços e Perspectivas”. Na ocasião, decanos, diretores e professores dos centros e unidades proponentes, além de estudantes, debateram os primeiros anos do curso, que formará, em março próximo, a primeira turma de graduação.

Na abertura do encontro, o coordenador Alexander Zhebit apresentou o relatório, elaborado a partir do seminário realizado em maio de 2012, visando à implantação de um colegiado deliberativo e do regimento do curso. De acordo com Zhebit, cerca de 400 alunos estão regularmente inscritos no curso neste momento. “Somos um curso com muita procura e pouca evasão”, analisou o coordenador.

Entre os pontos positivos, Zhebit destacou a alta titulação dos professores de RI e o grande número de publicações: são 2.500 trabalhos publicados pelos 37 docentes, entre os quais há 29 doutores e seis mestres. “Nossa avaliação é de que não estamos fora dos padrões dos demais cursos oferecidos no país. Estamos bem próximos do nível da Universidade de Brasília, por exemplo”, acrescentou.

No entanto, o principal problema apontado pelos presentes foi a questão da infraestrutura. A falta de instalações próprias é a principal delas, de acordo com os professores. A secretaria do curso funciona provisoriamente no prédio anexo do CFCH, nas dependências do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (Nepp−DH). A falta de funcionários especializados e com experiência na função, entretanto, é uma questão ainda mais grave a ser resolvida.

A solução encontrada, inicialmente, será a instalação da secretaria no espaço onde hoje funciona a secretaria acadêmica do Instituto de Economia (IE). No máximo até o dia 15 de março, as decanias do CFCH e do CCJE se comprometeram a encontrar um local definitivo e novos servidores técnico-administrativos que exercerão as funções designadas. Como o Ministério da Educação deverá efetuar em breve uma visita in loco para avaliar as condições do curso, a expectativa é de que a questão se resolva o mais rápido possível.

A ausência de uma biblioteca com periódicos específicos de Relações Internacionais e espaço para leitura foi outro fator apontado por professores e estudantes presentes no encontro. O decano do CFCH, Marcelo Correa e Castro, informou que a biblioteca localizada no térreo do prédio anexo do Centro recebeu, recentemente, estantes deslizantes para o acervo de periódicos e que, em pouco tempo, estará disponível também um novo espaço para leitura.

Relações Internacionais: uma área de conhecimento?

O professor Marcelo Coutinho, docente do curso, levantou uma questão: seria o curso de Relações Internacionais uma área de conhecimento que já mereceria um departamento ou mesmo um instituto na UFRJ? De acordo com o professor, a criação de uma unidade institucional é fundamental para o desenvolvimento dos estudos na UFRJ. Rafael Padula, também professor do curso, concorda. “Todos os nossos problemas têm origem na falta de unidade no campo de Relações Internacionais. Professores de outras unidades, que estudam esta área, poderiam integrar a unidade”, afirmou.

Alexander Zhebit, coordenador do curso, rebateu os argumentos. “Atualmente, o curso é a área. Precisamos primeiro formar quadros, criar programas, como o de pós-graduação, por exemplo, enfim, nos constituir dentro da universidade. A área não está pronta dentro da UFRJ, como estão a Pedagogia e a Economia, por exemplo”, argumentou.

A decana do CCJE, Maria Lúcia Werneck, endossou o discurso de Zhebit. “A criação dos cursos multiunidades surge como uma tentativa de reverter o processo histórico de fragmentação na universidade. Precisamos criar uma interação maior entre todas as unidades. Acho que o NEI (Núcleo de Estudos Internacionais) era muito pouco para isso. No futuro, poderemos pensar na criação de uma área, com mais elementos, mais estofo”, analisou a docente, lembrando o núcleo que teve suas atividades extintas recentemente pelos conselhos superiores da UFRJ.

Marcelo Correa e Castro lembrou o esforço pela aprovação do curso, a elaboração do regimento e demais conquistas até o presente. “Acho que não é hora de criar uma unidade. Temos problemas, sim, mas estamos avançando. O corpo social e o corpo docente do curso de RI são extremamente dedicados e qualificados”, ressaltou o decano do CFCH.

Já para Carlos Frederico Leão Rocha, diretor do Instituto de Economia (IE), a criação de uma unidade de Relações Internacionais colocaria a perder todo o trabalho realizado até o momento. “Seria jogar fora tudo o que foi feito para iniciar outro processo que não levaria menos tempo. Temos inúmeros problemas que não seriam solucionados com a criação de um instituto. Problemas de infraestrutura se resolvem. Mas não vejo um problema de concepção acadêmica que justifique isso”, afirmou o docente.

Colegiado

No segundo dia do encontro, decanos, diretores, professores e alunos se reuniram com o objetivo de analisar o regulamento do curso e discutir a formação de um colegiado deliberativo. De acordo com o documento, o colegiado será composto por sete representantes: o coordenador do curso e seu substituto imediato; um representante de cada um dos conselhos de coordenação das decanias; um representante do corpo docente efetivo; um funcionário técnico-administrativo; um discente efetivo; e um representante de cada uma das unidades executoras.

No entanto, o texto contém algumas lacunas e permite interpretações a respeito da escolha desses representantes e do tempo de mandato deles. Entre elas, a dúvida se os representantes dos conselhos de centro seriam membros dos respectivos ou eleitos por eles, dentro do quadro daqueles centros.

Para analisar as questões, ficou estabelecido que uma comissão formada por um representante das decanias do CFCH e do CCJE, além de um representante discente, estudará o regulamento e definirá os critérios para o processo de escolha dos membros do colegiado, bem como estabelecerá prazos, definirá documentos, entre outras providências. A partir daí, os conselhos de centro das decanias responsáveis pelo curso analisarão as normas e darão prosseguimento ao processo de composição do colegiado.

Fonte: Setor de Comunicação CFCH