Alunos da Escola de Serviço Social (ESS) e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) apresentaram, na segunda-feira (3/10), trabalhos sobre Direitos Humanos, no primeiro dia da "33ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural". Durante a Sessão 322, foram discutidas as relações entre os Direitos Humanos em diversos contextos da sociedade.

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Jicac debate relação entre Direitos Humanos e sociedade

Alunos da Escola de Serviço Social (ESS) e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) apresentaram, na segunda-feira (3/10), trabalhos sobre Direitos Humanos, no primeiro dia da "33ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural". Durante a Sessão 322, foram discutidas as relações entre os Direitos Humanos em diversos contextos da sociedade.

Alunos da Escola de Serviço Social (ESS) e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) apresentaram, na última segunda-feira (3/10), trabalhos sobre Direitos Humanos, no primeiro dia da “33ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural” (Jicac-2011). Durante a Sessão 322, realizada no anexo da ESS-UFRJ, às 18h, foram discutidas as relações entre os Direitos Humanos em diversos contextos da sociedade.

Ana Cristina Tonini, aluna do quarto período de Serviço Social, apresentou pesquisa sobre presídios femininos no Rio de Janeiro. O objetivo foi apresentar a realidade e o cotidiano das mulheres encarceradas sob um confinamento sub-humano. Criticando o termo “massa carcerária”, ela estudou as cartas recebidas pelas detentas, afirmando ser este o único contato delas com o exterior. Foram analisadas 60 correspondências, que tratavam basicamente de saudades e sofrimento. “As cartas são importantes porque fazem parte da ansiedade e do cotidiano das presas”, disse Ana Cristina.

Além do contato com familiares e amigos, as cartas também são usadas para que as “presas soltas” e as “presas sob castigo” se comuniquem. Segundo a estudante, ex-presidiária, na maioria dos presídios os funcionários manipulam o horário de entrega das correspondências, como demonstração de poder e opressão sobre as encarceradas. “Uma pessoa que não recebe cartas não é bem vista lá dentro”, concluiu.

Afirmando que os direitos humanos devem ser pensados de modo histórico, o estudante Leonardo Menezes, do curso de Ciências Sociais, estuda a relação entre o Ocidente e o Oriente Médio. Suas bases de análise para o trabalho “Direitos humanos: problemáticas e perspectivas” foram noções de alteridade, do “eu” e “outro”, criando uma aproximação entre as categorias.

O que sustenta tais direitos são as ideias de liberdade e autonomia individual. “Se os princípios de igualdade são evidentes, por que devem ser reafirmados?”, indagou o estudante. Para Menezes, os direitos humanos têm dimensão tanto racional quanto emocional, gerando uma dificuldade no consenso de sua concepção.

Os demais trabalhos apresentados na sessão Direitos Humanos I relacionaram o Serviço Social e a noção de Direitos Humanos. Eles tiveram como enfoque o trabalho da Polícia Militar do Rio na promoção da cidadania, e os direitos das mulheres.