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Produção de biodiesel puro é tema de trabalho na Jicac

A produção de combustível com maior rentabilidade e ecologicamente mais sustentável foi tema de trabalho no quarto dia da “33ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural” (Jicac). Como projeto final de curso, o aluno de Engenharia Química, Diego Macedo de Oliveira Silva, apresentou o painel “Produção de biodiesel a partir de óleo de soja”.

O trabalho consiste na simulação do processo de formação de uma planta industrial para a produção de biocombustíveis. Para isso, o graduando explicou dois processos que podem ser utilizados na produção do biodiesel e a diferença entre eles.

No primeiro deles, a transesterificação, há o problema de que “é o único processo que ocorre em meio alcalino, meio básico. Isso restringe as matérias primas que podem ser utilizadas”. Em contrapartida, a hidroesterificação se utiliza do metanol, o que torna o processo mais barato. “O benefício é a rentabilidade do processo”, afirmou o graduando.

De acordo com Diego, o “trabalho foi feito com óleo de soja, porque no Brasil é produzido em grande quantidade. Mas poderiam ser usados outros tipos, como de palma, mamona, canola, ou até mesmo resíduos de fritura”.

Por isso, a escolha do segundo processo apresenta mais vantagens. “Com a adoção do processo de hidroesterificação, o biodiesel já poderia entrar como combustível para os carros, pois já sairia puro no final do processo”, completou.

O trabalho continua em andamento. Por ter sido iniciado em maio, ainda não foi realizada a etapa final, que é a simulação do processo através da ferramenta computacional HYSYS. O motivo disso é que o óleo de soja, diferentemente dos outros componentes do processo (clicerol, oleato de metila, metanol e água) ainda não consta no banco de dados do simulador.

Diego é bolsista do Programa de Recursos Humanos da Agência Nacional do Petróleo (PRH-ANP), que na Escola de Química (EQ) da UFRJ é representado pelo PRH-13 – Processamento, Gestão e Meio Ambiente na Indústria do Petróleo e Gás Natural. “Há muito incentivo do governo nesses projetos para poder diminuir a exportação de diesel. Além disso, o biodiesel é menos agressivo ao meio ambiente”, concluiu o autor do projeto.