Em agosto deste ano, cinco estudantes de ensino médio do Brasil embarcam para Cracóvia, na Polônia, para competir na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA). Reconhecida pela União Astronômica Internacional, associação mundial dos astrônomos profissionais, a IOAA visa estimular o envolvimento dos alunos com a pesquisa e a ciência. No Brasil, os estudantes são selecionados a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), desde 1998.
Uma especificidade da organização da IOAA é que cada país participante deve se comprometer com a realização de uma edição da Olimpíada, arcando com todas as despesas relativas à estadia dos participantes e organização geral do evento. No ano de 2012, será a vez do Brasil sediar o evento, sob a coordenação da doutora Thais Mothé-Diniz, do Observatório do Valongo da UFRJ. Os preparativos para 1ª edição da competição em um país latino-americano já começou. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) é a primeira instituição a colaborar com a organização do evento, com um investimento de 60 mil reais para compra de telescópios para as provas observacionais.
À frente das equipe brasileiras, que nunca voltaram sem medalhas em sua bagagem, a professora Mothé sempre esteve presente. Junto com Felipe Gonçalves Assis, ex-participante, formarão os líderes da equipe de 2011, composta por Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho (Colégio Objetivo de Lins, SP), Pedro Rangel Caetano (Ser Sorocaba, Votorantin, SP), Rafael de Lima Bordoni (Colégio Militar de Manaus, AM) e os veteranos Tábata Cláudia Amaral de Pontes (Colégio Etapa São Paulo, SP) e Gustavo Haddad F. e S. Braga (Colégio Objetivo de São José dos Campos, SP).
As modalidades de prova são três: a primeira observacional, na qual demonstram seus conhecimentos sobre o céu que podemos ver; a segunda teórica, na qual resolvem problemas de astronomia e astrofísica; e finalmente a prova prática, onde utilizam e interpretam dados como um astrônomo profissional.