Foi lançado no fim de junho pela Editora UFRJ, em conjunto com a Boitempo Editorial, o livro “Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: Esboços da crítica da economia política”, do filósofo alemão Karl Marx. A obra consiste em três manuscritos econômicos, escritos entre 1857 e 1858, que serviram como base para a mais famosa publicação do filósofo: “O Capital” e ficaram escondidos até metade do século XX. O primeiro, que somente mais tarde seria intilado pelo autor como “Bastiat e Carey”, foi redigido em um caderno datado de julho de 1857.
O segundo – caracterizado pelo que seria uma introdução à sua obra de crítica à economia política – é marcado com a letra M, tem cerca de trinta páginas e foi redigido, segundo indícios, nos últimos dez dias de agosto de 1857. A terceira e mais extensa parte consiste na obra póstuma de Marx, conhecida como “Esboços da crítica da economia política” ou simplesmente Grundrisse, conforme o título da edição alemã. O manuscrito é dividido em dois capítulos (“Capítulo do dinheiro” e “Capítulo do capital”) distribuídos em sete cadernos numerados de I a VII.
Publicado pela primeira vez na íntegra e em português – depois de anos de tradução rigorosa a partir dos originais em alemão – o livro faz parte do projeto da Boitempo Editorial de traduzir o legado de Karl Marx e Friedrich Engels, com a contribuição de especialistas renomados e fundamentos nas obras originais. A obra possui prefácio de Jorge Grespan (orelha) e Francisco de Oliveira (quarta capa); tradução de Mario Duayer (supervisão editorial e apresentação), Nélio Schneider, Alice Helga Werner e Rudiger Hoffman; e pode ser encontrada nas livrarias pelo preço médio de 79 reais.