Tania Barros Maciel, professora do programa EICOS da UFRJ; Andreya Mendes Navarro, diretora geral da Universidade Cândido Mendes; Ana Luisa Teixeira de Menezes, pró-reitora de extensão e relações comunitárias da Universidade de Santa Cruz do Sul; e Luiz Síveres, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Católica de Brasília, estiveram reunidos na última quinta-feira (02/06) para o Colóquio Internacional Fronteiras e Diversidades Culturais no Século XXI: Desafios para o Reconhecimento no Estado Global, com o objetivo de discutir as diversidades culturais, a sustentabilidade e a justiça social. O evento foi realizado no Auditório Professor Manoel Maurício do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ e promovido pelo Programa EICOS de Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, através da Cátedra UNESCO de Desenvolvimento Durável/Programa EICOS / UFRJ e pela Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Através de palestras individuais, com 20 minutos cada, iniciou-se a mesa coordenada pela professora Rosa Leite Ribeiro Pedro, professora do programa EICOS – UFRJ. Andreya Mendes Navarro foi a primeira, deixando claro seu papel de fazer as pessoas “entenderem um pouco mais além”, sua fala foi voltada para a biotecnociência. “É um paradigma científico. Trata-se de um sistema complexo. O grande desafio da biotecnociência é sua auto-sustentação”, disse. A docente acrescentou ainda que o homem tem por natureza um grande poder de destruição e necessita ser guiado por princípios desenvolvidos através do estudo científico.
O professor Luiz Síveres discutiu a temática “A justiça social como superação de Fronteiras”, guiando-se pelo viés da vivência e convivência humana. “Entender o mundo como um processo em andamento é fundamental. Justiça Social, mais que um costume ou uma lei, é uma energia humana e isso potencializa o respeito pela vida, além de um compromisso social”, analisou.
Ana Luisa Teixeira de Menezes deu continuidade à fala de Síveres. “No fundo, buscamos uma transformação social. Para transformar a cultura é preciso conhecer outras culturas”, afirmou. A professora e pesquisadora estuda a cultura indígena para entender a problemática da sustentabilidade além dos valores de mercado que o termo adquiriu. “Para os Guarani, por exemplo, a sustentabilidade está embasada na infância”, disse.
A professora Tania Barros Maciel deu segmento às discussões e finalizou a manhã com discurso em prol do desenvolvimento. “Para nós brasileiros o desenvolvimento vai além dos aspectos econômicos. Precisamos de um desenvolvimento social, de paradigmas que valorizem a vida, a cultura, a natureza, as idéias e nossa enorme capacidade de criar e inventar”, concluiu.