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Associação de Pós-Graduandos da UFRJ reivindicará bolsas sexta-feira no CEPG

A Associação dos Pós-Graduandos (APG) da UFRJ decidiu, em assembleia realizada nesta quarta-feira (18/05), no Anexo da Faculdade de Educação, ir ao Conselho de Ensino para Graduados (CEPG), na próxima sexta-feira (20/05). Os representantes discentes pedirão aos coordenadores dos programas de pós-graduação que não cortem as bolsas de estudo oferecidas a seus estudantes. A medida foi gerada a partir de ofício encaminhado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no último dia 15, que decidiu cortar as bolsas de mestrandos e doutorandos que possuem vínculos empregatícios. 

Para a APG-UFRJ, a decisão foi “precipitada”, já que estes alunos que hoje não recebem seus auxílios foram, segundo carta divulgada no blog da Associação, “autorizados a receber bolsas pela Portaria Conjunta Capes/Cnpq, de 15/07/2010, conforme entendimento geral das Universidades e programas de Pós”. O corte deveria valer apenas para os estudantes que ingressarem a partir da decisão da Capes, de maio de 2011, acredita a APG-UFRJ. No entanto, alunos de 2010 já não recebem suas bolsas. Ainda que o assunto não esteja na pauta de debates do CEPG, eles acham que o tema pode chegar a ser debatido.

Segundo Lício do Rego Monteiro, da APG-UFRJ, as bolsas dadas pelos programas de pós são muito pequenas, fazendo com que muitas pessoas precisem trabalhar fora da pesquisa acadêmica para complementar o salário. Portanto, a solução seria aumentar o valor das bolsas, para que isso não precise ocorrer. Nos casos dos alunos que não são contemplados por elas, mas que vem de outros estados e necessitam se manter, a APG-UFRJ defende que seja concedido um auxílio.

“32% dos alunos ganham bolsa trabalhando fora”

“Nos programas, só existe a bolsa meritocrática, não para os alunos que mais precisam”, afirma Monteiro. Ressalta também que cerca de 40% dos alunos não recebem a bolsa e que desses, 8% abriram mão dela: “Esses 32% restantes ganham bolsa trabalhando fora”, conclui.

Diante dos problemas apresentados, a APG-UFRJ concorda que deve haver uma nova rediscussão dos critérios de oferta de bolsas. Pondera, no entanto, que o debate é delicado, já que envolve diretamente o embate entre pós-graduandos e professores pós-graduados, que no caso os avaliam para a concessão dos graus de mestre e doutor.