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Segundo turno: Política discente

Durante o terceiro bloco, composto por perguntas formuladas pelo público, o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia (IE) arguiu os candidatos sobre as ações afirmativas. Paixão fez referência à Resolução 16/2010 do Conselho Universitário de agosto último, que determina, entre outras medidas, que 20% das vagas oferecidas em cada curso sejam preenchidas por estudantes de escolas vinculadas à Secretaria Estadual e às secretarias municipais de Educação, além da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), vinculada à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia.

De acordo com Carlos Levi, “a mãe de todas as batalhas é a expansão do ensino superior público e de qualidade”. Segundo o candidato da Chapa UFRJ em movimento, ao contemplar estudantes do ensino público, “serão contemplados estudantes negros e pobres.” Já Godofredo Neto afirmou considerar “o processo de reparação desejável, necessário e obrigatório”. Apesar de dizer respeitar “a decisão do Consuni”, o candidato da Chapa 20 afirmou que, ao optar por cotas destinadas a estudantes oriundos da rede pública de ensino, a UFRJ “deixa de lado os estudantes negros”.

Sobre as políticas de assistência estudantil, o pró-reitor licenciado da PR-3 lembrou as obras em curso que criarão um prédio destinado a residências próximo à área do Centro de Tecnologia (CT) e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), com a previsão de 260 unidades residenciais; a conclusão da cozinha do Restaurante Universitário Central (RUC); as obras do Restaurante Universitário do CT; e a reforma do atual alojamento. “Está em curso uma série de intervenções, cujos prazos estão dentro do previsto”, frisou. O candidato da Chapa 10 garantiu ainda que criará a Superintendência de Política Estudantil que terá, entre outras atribuições, a tarefa de administrar a política de residências destinadas ao público discente.

Já Godofredo Neto prometeu “revitalizar imediatamente o atual alojamento, além de construir novos”. O candidato da Chapa “A UFRJ que buscamos” afirmou ainda que pretende criar a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PR-6), além de medidas para “facilitar a acessibilidade e a inclusão, garantir a permanência, igualdade e oportunidade”. O professor da FL-UFRJ sugeriu ainda a criação de um conselho consultivo, formado por estudantes e servidores técnico-administrativos, para definir a aplicação de recursos na universidade. “Nós entendemos que não há recursos suficientes para o atual alojamento. Mas eu acredito que uma política de assistência estudantil vai além da construção de alojamentos. Ela deve contemplar ainda programas de inclusão digital, de saúde, entre outras iniciativas”, concluiu.

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