Na última segunda-feira (17/10), teve início a décima primeira edição do Intersecção, evento que acontece durante a semana de Propaganda e Marketing da UFRJ, de iniciativa dos estudantes da graduação da Escola de Comunicação (ECO-UFRJ), sob a coordenação da professora Mônica Machado. Nesta edição, o evento tem como tema as tendências publicitárias e, para isso, conta com convidados do cenário publicitário em sua programação de palestras e debates.
Mônica Machado ressaltou a importância de atividades desse gênero para o enriquecimento da formação acadêmica. Segundo a professora, antes do Intersecção, praticamente não havia troca de experiências entre os estudantes e o mercado. “O Intersecção permite essa experiência num ambiente onde a formação teórica tem tão alto valor”, afirmou.
André Matarazzo, chegou, segundo o próprio, disposto a provar, mesmo a quem não achasse, “que o mundo digital é o que há de mais interessante e mais dinâmico no mercado publicitário”. Idealizador da agência digital Gringo, o publicitário de 33 anos começou a trabalhar com internet em 1997, quando morava em Nova Iorque. Em busca de novas oportunidades, trabalhou no Canadá, Holanda, Suécia e Japão, durante um seis anos.
Matarazzo apresentou uma série de dados relativos ao Brasil e ao mundo que demonstram o enorme crescimento do consumo digital, assim como suas tendências e algumas de suas implicações. Para o publicitário, um número relativo ao Google é bem emblemático. “São cerca de 40 bilhões de pesquisas feitas no Google por dia. No mundo, com mais ou menos seis milhões de habitantes, isso significa mais de seis pesquisas realizada por habitante da Terra”, apontou.
De acordo com Simone Terra, diretora da Simone Terra Soluções de Mercado e conselheira do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA SP, “os pontos-de-venda têm usado cada vez mais diversos pontos de contato com o consumidor para comunicar conceitos, reforçar posicionamento e gerar pontos de atratividade”. Simone utilizou dois exemplos para explicitar seu ponto de vista. O primeiro, foi a loja-conceito da Toyota que, através de telas de Led espalhadas pela loja, imagens projetadas em carros e outros artifícios tecnológicos “consegue refletir, de forma lúdica e simples, a informação que ela deseja fazendo do próprio ato do consumo uma experiência bem diferenciada”. O segundo exemplo utilizado foi a rede de supermercados francesa Monoprix que, em seu espaço de venda, “se aproveita para reforçar diferenciais e comunicar o conceito de ‘saudabilidade’ e do comprometimento com o consumo consiente”.