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Tecnologias do entretenimento são destaques da Semana de Eletrônica da UFRJ

A 6ª Semana de Eletrônica da UFRJ, organizada pelo grupo de Eletrônica e Computação (Gecom), reuniu estudantes e professores em meio a um tema em comum: debater o papel da indústria do entretenimento nos dias atuais. Foram realizadas palestras, apresentações de trabalhos e minicursos que abordaram o papel da engenharia neste campo.

O primeiro dia contou com a presença do professor da PUC-Rio e um dos diretores do Anima-Mundi, Marcos Magalhães, que ministrou a palestra “Animação – a linguagem das imagens em movimento” no auditório principal do Centro de Tecnologia (CT). O docente destacou a importância do evento por trazer coisas de fora da universidade e juntar as pessoas com um interesse comum além do acadêmico. “A animação, apesar de ser uma coisa muito divertida e leve, também pode ser um grande ativador do pensamento científico”, afirmou.

Marcos Magalhães traçou um panorama sobre a história da animação no mundo e relembrou alguns antigos sucessos: “Um bom trabalho de animação se mantém, e isso é uma das grandes vantagens desta área. Criamos uma realidade que não tem tempo”. Ao final da palestra, Magalhães mostrou o processo de criação de animações que utilizam bonecos de massa de modelar.

Entre outros destaques da 6ª Semana de Eletrônica, houve a palestra de Marco Meggiolaro, “Tecnologia envolvida nos projetos de robôs de combate e competição”, coordenador da equipe RioBotz (PUC-Rio), que participa de competições envolvendo combate entre máquinas. O palestrante apresentou o conceito da competição, destacando as regras e modalidades envolvidas e realizou uma demonstração dos robôs que são utilizados nos jogos. “Existem 16 tipos de robôs de combate. Eles podem utilizar escudos, rampas, dispositivos arremessadores, e muitos outros. Além disso, as máquinas podem fazer uso de armas variadas, como machados, barras giratórias, serras, garras e lança-chamas”.

Meggiolaro também expôs os robôs competidores da RioBotz, entre os quais esteve o campeão em sua categoria no evento internacional RoboGames 2010, o Touro Feather. “Os eventos são sempre muito amigáveis e após a luta os técnicos ajudam uns aos outros a reconstruírem seus robôs. Há uma grande troca de informações entre os competidores”, relata.

No último dia do evento, aconteceu a apresentação “Interatividade Através de Visão Computacional”, ministrada por Allan Diegue e Rafael Silva, representantes da empresa Ice Interactive. Os palestrantes mostraram vídeos e esquemas onde são aplicados os equipamentos de superfície interativa que permite que se possam utilizar objetos virtuais, como um teclado ou um piano. “Em qualquer superfície agora você pode interagir utilizando somente uma câmera e algum sensor”, explicou Allan.

A dupla mostrou ainda alguns vídeos onde são utilizadas tecnologias semelhantes, incluindo um em que mostrava um projetor holográfico japonês onde se pode sentir o holograma, e um jogo de “Pong”, desenvolvido pela própria Ice Interactive. “Nós temos uma ligação com jogos um pouco nostálgica. Primeiro criamos um Space Invaders, baseado no vídeogame Atari, e depois o Pong, mas repaginando a estrutura de ambos”, concluiu Rafael.