A professora Eliana Amorim Moura, da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, apresentou, na manhã desta terça (22/09), o projeto do Centro de Referência para Mulheres (CRM), que será instalado na Cidade Universitária. A área, de aproximadamente 2 mil m2, está localizada em um terreno próximo à Prefeitura Universitária, local de fácil acesso por meio de transporte público. “O objetivo é ampliar as atividades já desenvolvidas pelo Centro instalado na Vila do João”, explicou Eliana, coordenadora do projeto, em referência ao Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM-CR), localizado no bairro do Complexo da Maré.
Localizado em uma área de 147 m2, anexa ao prédio de um posto de Saúde da Prefeitura Municipal, o CRMM-CR sedia atendimentos social, psicológico e jurídico, bem como oficinas de culinária, artesanato e demais atividades culturais, voltadas para mulheres da localidade, em especial vítimas de violência doméstica. A previsão da conclusão das obras do "Centrão", como o CRM está sendo chamado, é para 31 de outubro e a inauguração, que ainda não tem data definida, acontece ainda este ano.
A futura sede será instalada em um prédio de dois andares e atenderá mulheres dos demais bairros do entorno da Cidade Universitária em instalações que preveem espaços, tais como auditórios, salas de cinema, teatro, exposições, literatura, oficinas de dança, cerâmica, brinquedoteca para crianças, entre outros. O projeto de iniciativa do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (Nepp-DH) tem caráter transdisciplinar, em parceria com a Escola de Serviço Social (ESS), Faculdade de Direito (FD) e Instituto de Psicologia (IP) e prevê ainda conexões com a Escola de Educação Física e Deportos (EEFD), Escola de Comunicação (ECO), Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN), Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) etc.
O “Centrão” atuará articulado ao CRMM-CR, com transporte exclusivo e gratuito, de modo a promover o intercâmbio entre as frequentadoras dos dois polos. “O Centro de Referência de Mulheres é um patrimônio da universidade e de todo o país. Embora haja um imaginário de violência na Maré, há uma relação muito forte com a comunidade. A tendência é que isso se amplie com esta nova instalação”, definiu a professora Mariléia Venâncio Porfírio, diretora do Nepp-DH.