Aconteceu na última terça-feira (28/09), no Instituto de Ginecologia (IG) da UFRJ, a inauguração do Laboratório do Sêmen. A solenidade, que promoveu seminários sobre a importância do acontecimento, contou com nomes da área da Ginecologia, como Michele Pedrosa, Maria do Carmo Borges de Souza, Tonia Costa, Helena Lopes e Egleubia Andrade, todas do IG-UFRJ, além da professora Cláudia Navarro Lemos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O seminário abordou temas como a evolução dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, superando os obstáculos e buscando o direito de decidir se quer ou não ter filhos. Michele Pedrosa destacou também a inserção no mercado de trabalho, que faz com que a mulher cuide dos filhos e da casa e ainda se ocupe do emprego e seja a nova “chefe de família”, correlacionando esses motivos como fatores importantes no adiamento da maternidade e na futura busca pela inseminação artificial.
Tonia Costa traçou o perfil do casal infértil: “a variação é maior em termos de idade na busca da inseminação artificial hoje em dia, de 2003 a 2005, a idade da mulher variava de 21 a 35, hoje em dia varia de 26 a 35. Elas possuíam também dificuldades de acessos às técnicas e praticamente não estavam envolvidas em atividades econômicas, o que também mudou hoje em dia”, analisou Tonia, antes de salientar a importância do banco de sêmen “na otimização dos tratamentos e na prestação de serviços para os que necessitam da inseminação”.
Cláudia Navarro Lemos explicou um pouco de sua experiência no convênio realizado entre o Laboratório da UFMG e farmácias da região, onde se vendem remédios a preço de custos aos pacientes do Hospital das Clínicas, onde eles realizam as inseminações. O laboratório conta também com a aliança com o Posto de Atendimento Médico (PAM) da Sagrada Família, onde é feita a consulta e os rastreamentos dos casais que buscam a inseminação. A docente afirma que, a partir deste trabalho, a espera seja de, no máximo, um ano.