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ONG promove inclusão social de deficientes

Na última sexta feira (16/07), ocorreu no auditório Hélio Fraga do Centro de Ciências da Saúde (CCS) a palestra “Adaptação e esporte” sobre os projetos da ONG Surfe Adaptado do Rio de Janeiro, com a presença de Luis Felipe Nobre e Luana Nobre, profissionais formados pela UFRJ e sócios fundadores da ONG.

A ideia de divulgar o projeto surgiu dos alunos Daniel dos Santos, Lorhaine Coutinho, Priscila Rodrigues e Wanneli Rosa, do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da UFRJ. Os estudantes organizaram o evento com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os problemas enfrentados pelos portadores de necessidades especiais no seu dia a dia, no acesso ao lazer, à cultura e ao esporte.

“Nós fizemos visitas a diversos hospitais e instituições de saúde e encontramos inúmeras falhas e faltas no que diz respeito à inclusão social do deficiente”, atesta Daniel.

O profissional de terapia ocupacional volta seu trabalho para a resolução de problemas de reabilitação mental em conjunto à adaptação da rotina do paciente. Segundo Lorhaine, a importância de um evento que divulgue a necessidade de adaptação e inclusão social do deficiente é esclarecer aos participantes que a barreira da deficiência não torna impossível a prática de esportes e a convivência natural em sociedade.

Ao iniciar a palestra, Luis Phelipe Nobre definiu a garantia de inclusão social, a acessibilidade das praias, a preservação ambiental e o contato do deficiente com a natureza como os principais objetivos da ONG.

O Projeto "Surf Adaptado" surgiu no Rio de Janeiro, a partir de Henrique Saraiva, fundador do projeto, que, após perder os movimentos inferiores do corpo, encontrou no surf uma solução para praticar um esporte, se incluir socialmente e viver uma vida normal. A partir daí, Henrique, que não pôde estar presente à palestra devido a compromissos, criou a ONG na tentativa de oferecer a outros deficientes os benefícios que encontrou com o surf.

“Os deficientes têm medo de ir à praia por temer o preconceito. Além disso, o litoral do Rio não tem acessos que permitam a visita dessas pessoas à praia”, esclarece Luis Phelipe.

Projetos

A ONG promove campanhas na tentativa de facilitar o acesso de deficientes à praia. Uma delas é o projeto “Praia Acessível”, na tentativa de que as autoridades implantem esteiras de acesso, facilitando o trânsito de cadeiras de roda na praia, além de instalação de rampas de acesso.

Outra ideia é o projeto “Preservação Ambiental”, em que se promove a limpeza das praias. “É necessário que todos auxiliem na limpeza das praias, catando lixos, mesmo que não sejam seus e alertando pessoas que estejam sujando as areais”, apela Luis.

Dos projetos, o “Surf Adaptado” é o principal da ONG. Voluntários se unem aos domingos, no posto 11 da praia do Leblon, e disponibilizam estrutura de adaptação a deficientes físicos para que entrem na praia. Além de aulas de surf capacitadas de acordo com a necessidade de cada deficiente.

“A nossa ideia principal não é capacitar todos para serem campeões de surf, ou andarem sozinhos na praia, o que a ONG deseja é promover o bem estar, o contato com a natureza e o direito dos deficientes de frequentar a praia e entrar na água sem limitações”, esclarece o fisioterapeuta.

A ONG Surf Adaptado conta com profissionais voluntários da área de Fisioterapia, Educação Física, além intérpretes para deficientes visuais e outros. Porém, ainda não conta com um terapeuta ocupacional e está sempre aberta para novos voluntários.

Mais informações sobre o projeto através do site