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Interfaces Colaborativas: Pontão da ECO-UFRJ ministra seminário

“Não basta conceituar, mas implementar.” A frase de Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, serviu de base para os demais debatedores da mesa de abertura do “Seminário Interfaces Digitais Colaborativas – Linguagens e Experiências em Rede”, na última terça-feira (07/07), no Auditório do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). O seminário, promovido pelo Pontão de Cultura da Escola de Comunicação, também contou com a presença de José Murilo Jr., do Ministério da Cultura, Célio Turino, idealizador do Programa Cultura Viva e Claudia Maia, da Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (Minc), abordou o desenvolvimento da produção audiovisual e a construção de plataforma de Internet em conjunto com os Pontos de Cultura.

A diretora da ECO-UFRJ analisou o papel dos Pontos de Cultura como experimentos de produção e conteúdo em várias mídias para, assim, promover a formação de circuitos de produção cultural vinculadas à universidade. “A aproximação dos Pontos de Cultura em convergência com a Academia é um pólo em potencial de desenvolvimento”, afirmou a docente. Claudia Maia seguiu o mesmo pensamento de Ivana, adicionando a análise da democratização de acesso para uma gerência mais adequada do espaço de redes, que é descentralizado por si mesmo.

José Murilo Jr. recordou que a noção de publicidade da Internet não pode ser perdida. “Cabe ao governo a gestão da rede em uma regulação arrojada e pró-ativa às sociedades”, analisou. Para ele, a política pública de acesso à Internet e a cultura proveniente dela é um legado dos pontos, que, por apropriação estratégica dos conceitos, traz as comunidades até o governo como maneira de suprir suas necessidades.

Célio Turino questionou o conceito da "grande" mídia. “Não chamemos a grande mídia de ‘grande’. Um nome apropriado seria mídia mercadoria”. O novo conceito provoca o desempenho do papel do Estado na garantia da comunicação livre em quaisquer que forem as plataformas.  Para Turino, “tomar a narrativa do processo de comunicação é construir um domínio de terreno de bases livres”, em que se constitui a descentralização participativa da Web 2.0. “Somos expressões simbólicas e estabelecemos relações com o outro e distribuímos a cultura pela comunicação”, concluiu.