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Profissionais contam suas experiências sobre cursos de extensão na UFRJ

Na última quarta-feira (23/06), o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ promoveu o terceiro dia da III Semana de Integração Acadêmica do CFCH, com a mesa redonda “Os Desafios da Extensão”, onde estavam presentes Laura Tavares,  pró-reitora de extensão (PR-5) da UFRJ; Eliana Moura, representante do Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM-CR); Gabriela Icassuriaga,  professora da Escola de Serviço Social (ESS); Sabrina Moehlecke, professora da Faculdade de Educação (FE); e Anna Marina Barbará Pinho, professora do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Socias (Ifcs) da UFRJ.

Anna Marina abriu o debate dizendo manter “a esperança de construir uma universidade pública e de qualidade”. Para isso, a professora acredita que os cursos de extensão são “indispensáveis para a elevação do nível de ensino”. A docente também explicou que os contatos com experiências na área “são de extrema importância”.

Para Gabriela Icassuriaga, a universidade cumpre uma função social que vai além do ensino. Segundo a professora da ESS-UFRJ, “não é possível imaginar a vida universitária sem os cursos de extensão”. Dessa forma, a docente compartilhou a sua experiência na Rocinha, em Nova Iguaçu e na Maré, onde atua no projeto de extensão “Reprodução Sócio Territorial em Comunidades de Baixa Renda no Rio de Janeiro: Acompanhamento Sócio Jurídico na Implementação de Políticas Públicas”. A iniciativa, com início em 2006, visa não só ampliar o acesso a moradias dignas em áreas baixa renda, mas também promover a mobilização social, além de consolidar um campo de extensão universitária e de estágio curricular interdisciplinar na área urbana.

Sobre o CRMM-CR, Eliana Moura explicou que, apenas em 2005, o projeto passou a ser um curso de extensão. Hoje, o centro está vinculado ao Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH) e que “o maior desafio foi montar uma estrutura dentro da Vila do João, na favela da Maré, para atender mulheres que sofriam, principalmente, violência doméstica e familiar”. O centro oferece atendimento e acompanhamento social, jurídico e psicológico para as mulheres vítimas da violência. Além desse atendimento, o órgão oferece cursos de capacitação, como o “Cuidadora de crianças”, onde as mulheres aprendem noções de psicologia, educação e higiene; “Cozinhando com Arte”, para o complemento da renda familiar; e o “Curso de Arranjos Florais”, que, segundo Eliana, “é uma forma de desenvolvimento do lúdico e do belo”.