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Uma nova política de investimentos para o Brasil

 Na última terça (08/06), o Instituto de Economia (IE) da UFRJ promoveu o “Seminário Internacional Indústria e Desenvolvimento Econômico". O evento, uma parceria entre a Escola de Economia da Unicamp e o IE-UFRJ, envolveu mais de 90 pessoas e promoveu o Projeto Perspectivas do Investimento no Brasil (PIB), que, nas palavras de David Kupfer, professor do IE-UFRJ, “possibilita uma visão ampla dos possíveis investimentos que a nação pode vir a receber nos blocos estudados pelos pesquisadores que foram os de infraestrutura, indústria e economia do conhecimento”.

De acordo com o docente, o novo paradigma do padrão de bens de consumo permite que iniciativas se espalhem e descentralizem a produção. No entanto, segundo Kupfer, “somente com a renovação e a manutenção do parque industrial, o Brasil poderá competir com a potência que se mostra a China atual”. O professor acrescenta que, de acordo com as perspectivas vislumbradas pelo Projeto PIB, “o país deve tomar uma posição no cenário internacional de modo a melhorar sua inserção no mercado de commodities, desenvolver setores de maior intensidade tecnológica e aplicar uma modernização nas fábricas”.

Na análise de Kupfer, para que essas iniciativas gerem frutos é preciso romper com o hiato tecnológico, que mantém o país dependente de potências produtoras de tecnologias. “Algumas companhias brasileiras têm mostrado um grande potencial a ser explorado, mas é pouco para nossa grandiosidade”, analisa.

O professor cita as políticas governamentais de transferência de renda que vão, segundo ele, ao encontro do incremento dos quadros de consumo e de emprego do país. “A regra que deve ser seguida nesse novo mercado que aponta para a descentralização é a de não-produção. É uma nova lógica produtiva que otimiza o processo produtivo”, conclui David Kupfer.

Foto: Bárbara B. Novaes