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Neurologistas orientam pacientes contra a dor de cabeça

Preocupada com a enxaqueca, Ivete Pinheiro, 67 anos, foi uma das 82 atendidas no mutirão da dor de cabeça no Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC) da UFRJ, na última sexta-feira (28/05). A iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), em conjunto com a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), visou difundir o conhecimento sobre a dor de cabeça, alertando para os riscos do abuso de medicamentos.

Os neurologistas Abouch Krymchantowski e Carla Jevoux alertam para o risco da automedicação de pacientes que apresentam sintomas como faiscação repetitiva na visão e dores de cabeça intermitentes pela manhã. Estresse e pouco tempo de sono são causas frequentes da doença que apresenta um quadro progressivo de cefaléia tensional e de enxaqueca originada por analgésico.

De acordo com Carla Jevoux, a orientação médica é essencial. “A dependência dos pacientes por analgésicos cria uma preocupação latente. Administrar medicamentos por conta própria é a pior maneira de combate e pode causar um problema ainda maior”, alerta a médica, segundo a qual, os betabloqueadores, antidepressivos em baixa dosagem e anticonvulsivos prescritos por profissionais costumam ser a orientação recomendada.

Alguns pacientes foram indicados a realizar exames de sangue e procurar o oftalmologista para investigar sintomas semelhantes aos da catarata em pessoas com mais de 50 anos. Segundo Abouch Krymchantowski , ”há um prejuízo considerável na circulação vascular periférica quando a cefaléia atinge um grau avançado”. De acordo com o médico, a prevenção é a maneira mais eficaz de combate, aumentando as chances de convivência com a dor e, quiçá, de cura.