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Serviço Social debate inclusão e trabalho escravo

A discussão sobre “Trabalho e Estratégias de Inclusão Social”, que aconteceu no terceiro dia da “V Semana de Integração Acadêmica”, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH-UFRJ), debateu as causas e consequências da exclusão social causadas pelo capitalismo.

Giuseppe Cocco, professor da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, esclareceu que a inclusão através do emprego é uma conquista, pois isso corresponde a má integração social, que gera organização social – formando sindicatos – e proteção social. Para o docente, no capitalismo, a exclusão aumenta exponencialmente, mas também revelou dados apaziguadores: “o capitalismo atual integrou 1,5 bilhão de chineses, um bilhão de indianos e centenas de milhões de latino-americanos.”

Ricardo Rezende discorreu sobre a escravidão que ainda existe no Brasil. Segundo ele, “um crime não deixa de existir apenas porque há uma lei que o proíba. Se fosse tão simples assim, não haveria homicídios, por exemplo.” O professor diferenciou a escravidão do século XVI com a atual, dizendo que “na escravidão antiga, o escravo tinha um custo alto, fazendo com que fosse mais lucrativo mantê-lo vivo. Já hoje em dia, o trabalhador é muito mais barato.”

A situação que ainda persiste ocorre, principalmente, em bolsões de pobreza, onde as pessoas estão sujeitas ao aliciamento, de acordo com Rezende.  A solução, segundo o docete, "é a criação de um programa de reinserção social que deve ser criado pelo Estado e uma maior fiscalização, com punições adequadas".