Como as histórias originadas do folclore do Oriente Médio e Ásia contadas para um sultão louco que, traído pela primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites e as manda matar na manhã seguinte influenciou a literatura do mundo ocidental? Quem pretende discutir o assunto é a professora Christiane Damien Codenhoto, que, nesta segunda-feira (3/5), a partir das 10h, na Faculdade de Letras da UFRJ, realiza a palestra “A presença das Mil e uma Noites na literatura Ocidental”.
O evento, organizado pelo Setor de Estudos Árabes do Departamento de Letras Orientais e Eslavas, também servirá para o lançamento do livro Na senda das noites: “les quatre talismans”, de Charles Nodier, e “Les mille et une nuits”.
A coleção de histórias que compõe as Mil e uma noites tem várias origens, que incluem a persa, a árabe e a indiana. Em comum, os contos são narrados por Sherazade, a única mulher que, pela astúcia e capacidade narrativa, consequiu escapar do destino traçado pelo monarca Shariar. Ao amanhecer, ela interrompia cada conto para continuá-lo na noite seguinte, o que a manteve viva ao longo de várias noites até o rei desistir de executá-la. A palestra vai ser realizada no auditório E-3 da Faculdade de Letras.