Na última-quinta-feira (1º/4), a professora Cláudia Rodrigues Ferreira, assumiu a diretoria do Museu Nacional (MN) da UFRJ, em cerimônia ocorrida no auditório Roquette Pinto e que contou com a presença do reitor Aloisio Teixeira e do professor Sérgio Kugland, ex-diretor do Museu Nacional. Ampliar o diálogo entre o museu e outras instituições educacionais, recuperar espaços expositivos desgastados, expandir o programa de Jornada Científica Jr. para o ensino médio e revitalizar o bairro de São Cristóvão (onde a instituição se encontra) são alguns dos desafios enumerados por Cláudia Rodrigues para os próximos quatro anos. Até então, ela ocupava cargo de professora de mestrado e de especialização no próprio MN.
Cláudia, que estava desde o início do ano “testando” o cargo, não nega a responsabilidade que agora pesa sobre ela. “Apesar de três meses serem um tempo demasiado curto, posso contextualizar melhor hoje minha missão, percebendo os obstáculos e desafios a serem enfrentados”, diz. Na tarefa, ela contará com o apoio do professor Marcelo de Araújo Carvalho, que será o vice-diretor da instituição. Ele trabalhava como chefe do Departamento de Geologia e Paleontologia do MN e demonstrou entusiasmo com o trabalho. “Usamos a palavra `casa` sempre para nos referirmos ao museu, pois nos apaixonamos cada vez mais por ele”.
Deixando o cargo após oito anos consecutivos, o ex-diretor Sérgio Kugland voltou as atenções à pesquisa laboratorial e encargos como presidente da Associação Amigos do Museu Nacional (AAMN). Segundo ele, sai do cargo com mais saudades do que com cansaço. “Após oito longos anos na direção tenho apenas a agradecer. Para mim sempre foi uma grande honra estar na diretoria do museu e não um fardo. É lógico que não pudemos resolver tudo no período passado: precisávamos deixar algum trabalho para a Cláudia”, brincou.
O Museu Nacional passou por momentos difíceis, causados por recursos escassos e falta de pessoal. Sérgio Kugland lista que, de 2004 até 2009, apenas sete novos funcionários ingressaram na equipe da Instituição. Apenas no início de 2010, houve novas nomeações, reforçando o quadro do MN com mais 15 funcionários, dentre eles: químicos, arqueólogos, taxidermistas e historiadores. A expansão seria fruto tanto nas melhorias dos recursos, quanto da abertura de concursos públicos e daquilo que o Reitor Aloisio Teixeira chama de “clima de paz no interior da Universidade”.
Em breve, 450 vagas para diversas funções dentro da UFRJ deverão ser oferecidas em concursos. Nos últimos anos, o ganho de pessoal foi tamanho que o reitor Aloisio Teixeira calcula que cerca de 80% do quadro atual não estava na UFRJ na direção anterior. “Hoje a Universidade está mais próxima e integrada, ainda que não do jeito como gostaríamos que estivesse”, disse o reitor.